Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), marcando um momento crucial na história internacional. O documento, que estabelece os direitos fundamentais inerentes a todos os seres humanos, surgiu como uma resposta aos horrores da Segunda Guerra Mundial. Contudo, sua trajetória ao longo dos 75 anos desde sua formulação revelam que a
a hipocrisia e demagogia são os alicerces da ONU.
Diferenciando-se da Declaração dos Direitos do Homem, originada durante o Iluminismo e a Revolução Francesa, a DUDH não foi um produto de uma revolução, mas sim de um consenso dos países imperialistas pós-guerra. Enquanto a Declaração dos Direitos do Homem representava uma virada de era na humanidade, a DUDH buscava amenizar as tensões sociais após os conflitos.
Ao completar 75 anos, nada temos a comemorar. Os países que a formularam, em particular os Estados Unidos, buscavam, na época, apresentar-se como guardiões dos direitos humanos para mitigar as atrocidades provocadas pela Segunda Guerra Mundial. No entanto, este é um dos países que mais ignorou todas as 30 cláusulas do documento.
Por ser uma declaração e não um tratado vinculante, a DUDH nunca sancionou nenhum dos principais países do mundo quando agiram contra o documento.
Apesar da declaração da Conferência Internacional de Direitos Humanos da ONU em 1968, que afirmava que a DUDH “constitui obrigação para os membros da comunidade internacional” em relação a todas as pessoas. No entanto, observa-se que a ONU, dirigida pelos países imperialistas, só utiliza os Direitos Humanos seletivamente para atacar nações que não são seus aliados.
Ao celebrar os 75 anos da DUDH, é impossível que o massacre em curso contra o povo palestino, apoiado e financiado por parte dos países signatários, destaca a falta de aplicação dos princípios fundamentais.