Desde que foi iniciada, em fevereiro de 2022, a operação militar russa na Ucrânia se apresentou como uma decisão acertada do governo russo, que decidiu não ficar assistindo o imperialismo se aproximar de suas fronteiras para sufocar militarmente o país.
Nesses quase dois anos de ação militar eficaz e bem sucedida – contrariando, em todos os aspectos, a propaganda imperialista sobre uma vitória da Ucrânia no front de batalha, particularmente através de uma suposta contra ofensiva iniciada há seis meses, que nunca aconteceu de verdade -, o exército russo (um dos mais bem preparados do mundo) vem demonstrando sua inequívoca superioridade, tanto em equipamentos quanto em disciplina e treinamento do seu efetivo militar humano, os soldados.
Contudo, o mesmo não acontece do outro lado. O exército ucraniano, mesmo apoiado em maciços e volumosos aportes de recursos e equipamentos enviados pela OTAN e, em particular, pelo governo norte-americano (bilhões de dólares), não consegue êxito em suas ações militares contra os russos. Ao contrário, pois é cada vez mais evidente a debilidade das forças ucranianas, muito em função do abandono dessas pelos comandantes militares, que parece já terem percebido a impossibilidade de vitória frente à Rússia.
Os fatos e episódios que confirmam tal situação aparecem em relatos das próprias forças de Zelensky.
Soldados ucranianos relatam a situação das tropas em território de combate, descrevendo a falta de suprimentos, o sentimento de abandono por parte dos comandantes militares e, até mesmo, que muitos colegas sequer sabem nadar.
Um dos combatentes relatou que centenas de soldados foram enviados para o local como parte da suposta contra ofensiva. “Tínhamos que levar tudo conosco — geradores, combustível e comida. […], mas os suprimentos não foram planejados para esta área”, disse. O militar também lamentou as perdas sofridas por sua unidade e criticou o inadequado treinamento dos novos recrutados. “A maioria das nossas perdas foi por erros — alguém não subiu na trincheira rápido o suficiente; outro cara se escondeu mal. Se alguém não estiver ligado, será imediatamente alvejado de todos os lugares”.
O fato incontestável é que o imperialismo mundial colheu mais um fracasso retumbante em sua tentativa de expandir seus tentáculos ao redor do mundo; aqui, no caso, contra a Rússia, utilizando o regime direitista ucraniano como instrumento para viabilizar sua política de rapina econômica e opressão contra os povos.
Os então financiadores da guerra parecem não estarem mais dispostos a enviar dinheiro para o regime político falido e o exército desmoralizado de Zelensky, pois estão preocupados neste momento em aniquilar a heroica resistência palestina, o que, tudo indica, não alcançarão êxito também.
É mais um “prego no caixão” do imperialismo, envolto – ao que parece – em uma crise terminal. Oxalá não se prolongue por muito mais tempo essa crise, pois a humanidade precisa seguir existindo.