Na terça-feira (5), um promotor do ministério público eleitoral deliberou o arquivamento de um inquérito da PF contra o governador de São Paulo e, ao mesmo tempo, abriu uma investigação contra um jornalista da Folha de S. Paulo e outro do Brasil 247. O promotor incluiu o repórter por publicar um artigo de jornal e assim, ao tradicional método do censor, determinou que os repórteres e os “diretores responsáveis pela divulgação das respectivas notícias” devem ser interrogados.
Leonardo Attuch, o editor chefe do Brasil 247, denunciou em suas redes sociais:
“Não demorou nem uma semana. Depois que o STF decidiu que veículos de imprensa podem ser responsabilizados pelo teor de entrevistas, um procurador decidiu atacar a Folha, o Brasil 247 e detalhe: o procurador diz que são falsas matérias jornalísticas verdadeiras e apuradas com rigor pelos jornalistas profissionais da @folha e do @brasil247. E nunca é demais lembrar que a liberdade de expressão é uma cláusula pétrea da Constituição brasileira.”
O jornalista Joaquim de Carvalho, vítima da censura do MPE, publicou: “Representante do MP mandou PF me intimar, tomar meu depoimento e me qualificar. Meu crime? Fazer reportagem”