Previous slide
Next slide

Conflito Israel-Palestina

Com os novos bombardeios, voltam as calúnias contra o Hamas

A imprensa burguesa, utilizando-se de depoimentos duvidosos e "especialistas", faz alegações de que o Hamas maltratou e torturou os reféns israelenses

A imprensa burguesa segue em sua campanha contra a Palestina. A bola da vez são os “relatos” dos reféns libertos pelo Hamas. Em artigo intitulado “O que relatam os reféns israelenses libertados”, o portal Terra divulga uma série de informações no mínimo inverossímeis para justificar a campanha. 150 reféns foram soltos, dos quais o próprio portal admite, a maioria parecia bem, fisicamente ilesa.

Nesse sentido, Yair Moses, filho de uma das reféns libertas, Margalit Moses, declarou o seguinte:

“No momento em que a vimos [pela transmissão] acenando do carro e depois correndo para o ônibus, percebemos que ela parecia bem, pelo menos fisicamente. E é claro que ficamos extremamente felizes.”

Porém, o portal destaca que Margalit Moses teria dito: “Mas não podemos compartilhar tudo. Pediram-nos para não fazê-lo por preocupação com os reféns que ainda estão lá”. Apesar do tom mórbido, a fala não exprime informação alguma, e fica até parecendo a formulação de uma imprensa sensacionalista, ao perfil do sionismo.

E então é destacada afirmação do filho:

“O que posso dizer é que ela tentou permanecer positiva, tentou ajudar os outros, por exemplo quando os idosos tinham que ir ao banheiro. Ela tentou cantar com outras pessoas ou trocar ideias, conversar entre si.”

Ora, que prisão tenebrosa é essa onde o canto e o bate-papo são permitidos? Certamente não são os centros de tortura israelenses. Um fato curioso, ainda, é a proibição de que os libertos falem à imprensa, proibição implementada pelo Estado de “Israel”, dito democrático. Se os relatos são ruins, e não, como vimos com as primeiras libertações, positivos do cativeiro cantado, por que proibir de repente tais depoimentos tão valiosos?

É aí que entra a farsa total, a fabricação, e os especialistas comprados, serviçais do imperialismo:

“Em vídeos dos reféns sendo entregues a ajudantes da Cruz Vermelha Internacional por combatentes do Hamas, alguns reféns acenaram adeus aos seus captores. ‘Isso foi uma encenação que eles tiveram de fazer’, diz Asher Ben-Arieh, professor de serviço social na Universidade Hebraica de Jerusalém. ‘Pelos relatos daqueles que deixaram o cativeiro, os diagnósticos físicos e psicológicos, as histórias que ouvimos, isso é tudo, menos gentil'”.

“O especialista em traumas infantis ajudou a elaborar as diretrizes para o tratamento dos reféns após a sua libertação e, em particular, conversou com as crianças e as mães. ‘Houve também os testemunhos dos reféns tailandeses. Alguns foram tratados um pouco melhor, outros pior. Alguns foram espancados, outros foram privados de comida, outros foram impedidos de dormir. Foi brutal'”.

Bom, e de onde saiu o chamado especialista? Ninguém sabe. Para todos os efeitos, pode ser um agente do Mossad. A questão se repete: por que razão as palavras não podem vir dos próprios reféns libertos, se apenas diriam o mesmo que o tal especialista? O que é provável é que não contariam a mesma história.

A privação do sono, do alimento e o espancamento, como apontado, não são tão fáceis de disfarçar. O vídeo da libertação dos tailandeses está em domínio público na internet. Por que nenhum deles apresentava qualquer sintoma de algum dos três suplícios apontados pelo especialista sionista?

“O menino Eytan, de 12 anos, foi forçado a ‘assistir a vídeos de terror do 7 de outubro’ e foi mantido sozinho num quarto por algum tempo, relatou a tia dele, Deborah Cohen. ‘Quando ele chegou a Gaza, pessoas por quem ele passou o espancaram’, disse Cohen a uma emissora francesa. ‘E eles ameaçaram as crianças com uma arma se elas começassem a chorar'”

“A menina Emily, de 9 anos, só sussurrava quando voltou da Faixa de Gaza, diz o pai. ‘Quando ela falou comigo, não consegui entender nada'”.

“O tio de Hila, de 13 anos, disse que ela passou 50 dias no escuro, sem oportunidade de tomar banho e com pouco para comer. Algumas pessoas dormiam em bancos, outras em colchões no chão.”

Novamente, relatos sem comprovação. Não seria possível os próprios especialistas colherem os depoimentos? Garantir um atendimento a essas crianças? Perguntas se somam, e respostas não vêm.

O portal Terra responde: “Médicos e psicólogos aconselharam as famílias a não importunar os libertados com perguntas.” Os especialistas, novamente, aconselham os libertos a não falarem diretamente com ninguém a respeito do que viram. Por que então os relatos indiretos?

Outro caso interessante é o de que os reféns libertos, aparentemente tranquilos, teriam sido drogados, como coloca a IstoÉ: “Hamas teria drogado reféns para parecerem ‘felizes’ ao serem soltos, diz funcionária israelense”.

Drogas que provocam o mesmo efeito em todas as pessoas que a tomam? Pior, sem confirmação por exame toxicológico, algo extremamente simples de realizar. E mais, por que os reféns teriam abraçado, apertado a mão e dado “tchauzinho” para seus captores por estarem “drogados”? Uma farsa total e completa, que se comprova ao compararmos o tratamento oferecido aos reféns palestinos no cárcere israelense, verdadeiros centros de tortura. A questão é simples, os torturadores acusam os torturados de cometerem os mesmos crimes.

As notícias e a campanha não têm qualquer solidez. Todas as informações podem ter sido completamente inventadas, e todas parecem inverossímeis. Se os libertos no máximo, segundo o portal Terra, haviam perdido um pouco de peso, como explicar as denúncias de privação de alimentos? De sono? Se todos, à exceção de ferimentos sofridos durante os conflitos no 7 de outubro, parecem ilesos, que espancamentos são esses? Um menino de 12 anos que sofresse um espancamento, por adultos, soldados, sairia aparentemente ileso?

“Israel”, um Estado artificial, que sem o apoio do imperialismo cairia no mesmo dia, necessita da campanha de mentiras e propaganda para se manter. A realidade é que é uma base militar formada e mantida com uma política de supremacia racial numa região em que todos gostariam de vê-lo esmagado. À medida que a população dos demais países do mundo saiba da realidade, o apoio ao projeto sionista desvanece, e a verba recebida pelo imperialismo se torna um grande fator de crise. A crise se agudiza.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.