No último domingo (3), 95,94% dos eleitores venezuelanos votaram “Sim” no referendo proposto pelo presidente Nicolás Maduro, que estabelece a criação de um novo estado, o de Essequibo. O território é atualmente reivindicado pela Guiana, uma vez que, nos séculos XIX e XX, a Grã-Bretanha estabeleceu tratados diplomáticos – não reconhecidos pela Venezuela – em que Essequibo faria parte de sua ex-colônia na América do Sul.
“Neste domingo, a Venezuela escreveu novas páginas poderosas para sua história de democracia participativa”, afirmou a emissora venezuelana TeleSur. O presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Elvis Amoroso, por sua vez, anunciou que a participação popular foi “esmagadora” e ultrapassou os 10,5 milhões a favor do referendo.
O referendo teve seis perguntas – e todas elas foram majoritariamente respondidas de acordo com a posição defendida por Maduro. Além da criação do 24º estado venezuelano, 98,11% dos eleitores votaram “Sim” para que o acordo de Genebra de 1966 seja o único instrumento legal válido para chegar a uma solução entre a Venezuela e a Guiana.
Segundo a TeleSur, agora que a integração de Essequibo foi aprovada, “será desenvolvido um plano de atenção integral à população atual e futura deste território. Consequentemente, nos mapas da Venezuela, a Guiana Essequibo não aparecerá mais em cinza e listrado, doravante será uma parte colorida do território nacional e de seus habitantes, cidadãos com plenos direitos constitucionais”.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Nicolás Maduro declarou:
Viva a vitória de todo o povo em um referendo consultivo histórico que teve lugar na Venezuela. Demos os primeiros passos de uma nova etapa histórica para lutar pela nossa Guiana Esequibo, pela paz e para recuperar o que os libertários e libertárias que ficaram para trás”