Nesta terça-feira (28), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), categorizou a greve do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) como um “ato político”, defendendo a política de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do estado, de privatização.
Na avaliação de Nunes, trata-se de “sindicatos aparelhados que fazem atos políticos, com interesses evidentemente políticos eleitoreiros”. E completou: “É a 3ª vez só neste ano que eles fazem isso com a população de São Paulo e colocam a cidade como vítima dessas ações políticas. Se a gente tiver um sistema que preste um bom serviço à população, independentemente de ser privado, de ser concessionado, a gente tem que ser a favor”.
O governador de São Paulo, por meio de suas redes sociais, também criticou a greve. Em sua conta no X (antigo Twitter), Tarcísio disse que a paralisação é “ilegal e abusiva”, realizada “por puro oportunismo” de “uma minoria”.
“Estamos trabalhando para minimizar os impactos de mais uma greve ilegal e abusiva que tenta colocar a população refém de uma pauta política e corporativista. Uma minoria que não se constrange em impor prejuízo e sofrimento a milhares de trabalhadores por puro oportunismo. Não é só egoísmo, é irresponsabilidade e crueldade com quem depende do transporte público”, afirmou o direitista.
As categorias citadas por ambos os políticos estão ao lado do saneamento, dos professores e de outros setores em uma luta contra a política neoliberal do governo estadual e municipal. Além da paralisação, os trabalhadores também estão fazendo um ato em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP).