A trégua temporária acordada entre Israel e a resistência armada palestina foi uma vitória dos palestinos. Ela tem duas causas essenciais. Primeiro, o massacre promovido pelo Estado sionista na Faixa de Gaza, assim como a repressão na Cisjordânia, chocou o mundo e a população mundial se colocou contra o genocídio promovido por Israel. Além da ampla mobilização popular, inúmeros Estados denunciaram os crimes de guerra israelenses, deixando o país ainda mais isolado na situação internacional.
Mas, acima disto, foi a própria resistência armada que obrigou Israel e o seu suserano, os Estados Unidos, a realizarem a trégua. Isso porque, enquanto os sionistas se colocavam no centro de uma crise mundial com o massacre em Gaza, a invasão da faixa não deu os frutos esperados.
Ao contrário do que parece com toda a destruição promovida por Israel, as forças armadas israelenses não conseguiram avançar em direção ao sul da Faixa de Gaza. Na verdade, a extrema brutalidade dos sionistas é um método desesperado, que esconde a realidade. Na prática, a resistência armada palestina, liderada pelo Movimento Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), conseguiu destruir inúmeros equipamentos militares de Israel e impor grandes baixas ao seu exército.
“Estamos lutando contra fantasmas”, disse chorando um militar israelense, quando seu grupo foi atacado de surpresa pelos militantes do Hamas. A resistência palestina, como é comum nas guerras contra invasores agudamente armados, adotou a tática de guerrilha. Os guerrilheiros saem de túneis, montam armadilhas e pegam o exército israelense de surpresa, causando uma profunda desmoralização das Forças de Defesa de Israel.
Dessa forma, a vitória alcançada na Palestina, a trégua temporária, longe de ser um suspiro de humanismo de Israel e do imperialismo, demonstra sua fraqueza. Isto é, sua incapacidade de vencer as forças palestinas no Norte de Gaza. Assim, fica clara a importância do Hamas, caluniado de todas as formas pela imprensa burguesa.
Para aqueles que dizem defender a luta palestina, mas não o Hamas e seus métodos, foram justamente esses métodos que eles tanto criticam que conseguiram impor uma derrota (ainda que parcial, de fato) ao exército mais bem armado do Oriente Médio. Está comprovado novamente que apenas a luta armada, liderada pelo Hamas, separa os palestinos do genocídio e da diáspora totais.