Os números mais recentes da destruição provocada pelo Estado de Israel contra a Palestina mostram uma destruição colossal da Faixa de Gaza. Somam-se 14.854 mortos, dentre os quais 6.510 crianças, tornando o massacre perpetrado pelos sionistas o mais mortal para crianças nos últimos tempos, mais que as guerras dos Estados Unidos contra a Síria, o Afeganistão, o Iêmem, a Ucrânia (utilizando-a como bucha de canhão contra a Rússia) e o Iraque. Ademais disto, já foram assassinadas 4 mil mulheres. Um verdadeiro genocídio. Esse número é, provavelmente, deveras maior. Afinal, há também mais de 7 mil desparecidos, dos quais mais de 4,7 mil crianças.
Em relação aos feridos, tem-se aproximadamente 36.000. Com esse gigantes número de feridos, e com os hospitais quase todos destruídos e/ou fora de operação, o número de mortos tende a seguir aumentando em ritmo galopante.
Hospitais destruídos
Nesse sentido, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou que “dos 24 hospitais que operavam no norte antes da guerra, 22 estão fora de serviço ou incapazes de admitir novos pacientes” e que “dos das 11 instalações médicas no sul, oito estão atualmente funcionais”. Foi igualmente informado pela entidade que “a capacidade de leitos em Gaza diminuiu de 3.500 antes da guerra para 1.400 atualmente, em meio a um aumento no número de pessoas que procuram tratamento”.
Confirmando que Israel vem tolhendo dos palestinos inclusive seu direito de cuidar de seus feridos, a OCHA também constatou que “apenas um dos hospitais atualmente em funcionamento tem capacidade para tratar casos de trauma crítico ou realizar cirurgias complexas”. Para piorar, e confirmando a natureza nazista e genocida do Estado sionista, mesmo a OMS (uma organização do imperialismo, diga-se de passagem) teve de reconhecer que “pelo menos 553 pessoas foram mortas em 178 ataques a instalações médicas em Gaza entre 7 de outubro e 21 de novembro, e que a maioria dos hospitais em Gaza já não funciona”.
Ataques a mesquitas, escolas, professores e jornalistas
Mas o escopo da destruição desatada por Israel é mais amplo. Tentaram, embora sem sucesso, varrer toda a Palestina do mapa. Atacaram até mesmo locais de culto. Foram 88 mesquitas destruídas, 174 danificadas, 3 igrejas alvos de ataque. Também não se pouparam escolas, das quais 300 destruídas. Quanto aos professores, 183 foram mortos.
“Israel” foi fundada sobre mentiras, e sempre precisou de mentiras para manter uma existência relativamente estável, como ponta de lança do imperialismo na região. Para isto, valeu-se de uma máquina de propaganda especializada em falsificar da realidade. Assim, nada mais natural ao sionismo do que assassinar jornalistas e destruir veículos de imprensa, que foi exatamente mais um de seus feitos desde o dia 7 de outubro. Foram 140 jornais ou agências de imprensa destruídas ou danificadas. Quanto aos jornalistas, um total de 62 já assassinados, segundo a organização Euro-Med Monitor, com sede em Genebra.
Gaza: 45% das moradias destruídas e 70% da população deslocada
Para além disto, e mostrando que o Estado de Israel e os sionistas tinham como plano expulsar todos os palestinos de Gaza, o bombardeio incessante do enclave resultou na destruição ou danificação de mais de 45% das moradias locais. Foram 59.240 destruídas, enquanto que 165.300 tiveram sua estrutura profundamente danificada. Tais fatos resultaram na deslocação forçada de 1,7 milhões de palestino (mais de 70% da população de Gaza).
O Estado nazista, em sua tentativa de subjugar os palestinos, também recorreu a armas químicas, realizando mais de mil ataques de fósforo branco, conforme contabilizado até o último dia 16 pelo Euro-Med Monitor.
No total, desde o início do genocídio perpetrado pelo sionismo contra Gaza, Israel despejou mais de 25 mil toneladas de explosivo contra o enclave. Isto foi maior que o peso relativo das duas bombas nucleares que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra Mundial, bombardeio este estimado em 15 mil toneladas de explosivos. Igualmente, o bombardeio de Gaza já superou o de Dresden, no que diz respeito à quantidade bombas detonadas, quando os EUA e o Reino Unido despejaram sobre civis alemães 3,9 mil toneladas de bombas.