“É impressionante, neste momento aqui, a fragilidade do Estado de Israel e do imperialismo”, disse Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária, durante a Análise de 3ª, que foi ao ar nesse dia 21.
Sua declaração foi dada na esteira do acordo de trégua feito entre a resistência palestina e “Israel”, mediada pelo Catar. Rui também apontou que “o Hamas destruiu uma quantidade de tanques muito grande e de blindados israelenses. Em um dos cemitérios onde estão sendo enterrados os soldados, os enterros seguem um atrás do outro”. Com isto concluiu que “a trégua revela o fracasso do exército de ocupação sionista de impor uma derrota militar às forças armadas dos palestinos – o que é uma notícia extraordinariamente positiva para o mundo todo”.
Nesse sentido, é sintomática recente declaração de Avigdor Lieberman, ex-ministro da defesa de Israel, que disse no último dia 18 que “o esforço de guerra perdeu o norte (de Gaza)”.
Não é por nada. Recentes dados divulgados por Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam – braço militar do Hamas – indicam que “Israel” não está sendo bem-sucedido em subjugar a resistência palestina em Gaza, apesar de todo o bombardeio genocida, que já assassinou mais de 12 mil palestinos.
Em 8 de novembro, Obeida informou que a resistência palestina havia destruído total ou parcialmente 136 veículos militares das forças invasoras, em toda a Faixa de Gaza (inclusos tanques, escavadoras militares, veículos blindados de transporte pessoal). No dia 12 de novembro, em nova declaração, o número já havia subido para 160 desde o início dos combates.
À medida que os combates continuaram, mais veículos militares sionistas foram destruídos, conforme novas declarações do porta-voz do Hamas. Na última sexta-feira (17), foram 62 veículos. Já no dia seguinte (18), outros 17 veículos, um total de 239.
Para além destas informações repassadas oficialmente pelas Brigadas Al-Qassam, a rede de televisão Al Jazeera analisou imagens de satélite, verificando que, no dia 27 de outubro, 383 veículos militares israelenses adentraram Gaza. Entre os dias 1º e 10 de novembro, contudo, 88 destes veículos desapareceram.
Tendo em vista que o número original de veículos militares israelenses que participavam da invasão a Gaza foi de 383 e que a resistência palestina já destruiu ao menos 239, sobram no máximo 144 veículos, confirmando que “Israel” está diante de uma situação crítica, a qual tende a se agravar, pois, apesar da trégua temporária, ainda está sendo alvo do Hesbolá na fronteira norte, e dos Houtis do Iêmen, que vêm travando a luta ao lado dos palestinos.