Nos últimos dias, o nome de Hassan Habe, um brasileiro que estava na Faixa de Gaza quando o Hamas lançou mão da Operação Dilúvio, tem aparecido com frequência na imprensa burguesa. Sua notoriedade se deu por conta dos vídeos que ele gravava mostrando as condições dos cidadãos brasileiros que estavam lá na região e esperavam voltar para o Brasil.
Quando chegou ao Brasil, Habe chegou a fazer um discurso ao lado do Presidente Lula para agradecer o trabalho e o esforço do Itamaraty para trazê-los de volta para casa. Como boa imprensa golpista e capacho do imperialismo que é, a Globo News procurou explorar o fato, vasculhou a vida do cidadão, recuperou postagens em suas redes sociais no ano de 2015 e tentou associar Habe ao que essa imprensa calhorda chama de “terroristas”.
A matéria da Globo News afirma que o braisleiro, repatriado, em 2015, “fazia postagens radicais contra o Estado de Israel” , o que incitou um grande número de bolsonaristas e sionistas a atacar o cidadão nas redes sociais.
Outra canalhice da Globo é o destaque que eles estão dando para a Operação Trapiche, onde os serviços de inteligência israelenses, Mossad, agiram para que a polícia federal brasileira prendesse supostos “terroristas” do Hesbolá que estariam no Brasil planejando “ataques terroristas”. Mais uma mentira sem tamanho. Um dos presos é um cantor de pagode e teria feito shows no Oriente Médio e nem sequer falar Árabe ou saber o que é Hesbolá.
Ainda sobre a questão dos repatriados brasileiros, em seu discurso, Lula afirmou que Israel age como um Estado terrorista nessa guerra contra os palestinos. A verdade dita pelo presidente brasileiro deixou os órgãos de imprensa do imperialismo e as instituições no Brasil ligadas ao Estado de Israel furiosos. A Conib, Confederação Israelita no Brasil, em nota, classificou a sfalas de Lula como “equivocada, injustas e perigosas”. Adivinha quem deu a maior cobertura para essa instituição e seus serviçais para atacar essa fala do Lula? Sim, a Globo News.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), o jornalista, editor e fundador do Brasil 247, Leonardo Attuch, separou trechos das falas de jornalistas e o que chamam de “especialistas” em Direito Internacional em que criticam a fala do atual presidente e defendem a nota do Conib. Segundo esses “especialistas”, Lula não poderia ter usado a palavra terrorista para classificar os atos de Israel. Em suas postagens, Attuch pergunta: “A Alemanha nazista era um Estado terrorista?”. Em um outro post o jornalista também questiona: “A Globo News uma sucursal da Conib?”
Em uma de suas últimas postagens antes da publicação deste artigo, Leonardo Attuch pergunta: “Agora, depois que o exército de Israel invadiu um hospital, aterrorizando médicos, enfermeiros, mulheres e crianças, será que a Globo e o Estadão já autorizam o presidente Lula a condenar as ações terroristas do estado de Israel? Ou será preciso esperar o próximo ato terrorista?”
Voltando aos repatriados, esses que a Globo News não querem ouvir, pois vão falar contra os nazistas de Israel e denunciam o massacre e o genocidio em Gaza, Shahed Al-Banna, de apenas 18 anos, declarou: “Eu já perdi muitos familiares, eu já perdi muitas amigas […] eu já perdi a minha casa […] a maioria das pessoas que vieram com a gente também não tem mais casa […] então, se um dia quisermos voltar para lá, não podemos […]”. Sendo assim é preciso deixar claro que a Globo é maior porta-voz do sionismo nazista no Brasil.