Na última semana, como não poderia deixar de ser, ocorreu mais um episódio escatológico na política brasileira. Cidadãos libaneses foram presos pela Polícia Federal, sob a acusação de planejarem atentados terroristas contra sinagogas e cidadão judeus no Brasil, a mando do Hesbolá, partido político Libanês que está em guerra com Israel, na defesa da Palestina.
Não demorou muito, e foi revelado pelo próprio governo sionista, na pessoa do nazista Netanyahu, que o Mossad esteve envolvido na operação. O FBI também esteve. Em outras palavras, uma completa violação da soberania nacional brasileira. A Polícia Federal já estava sob comando dos Estado Unidos, como já se vira anteriormente durante a Operação Lava-Jato. Agora, o que é pior, a soberania nacional está sendo violada por um país minúsculo como Israel.
Mas sem se delongar nessa questão, chama a atenção o quão absurda e inverossímil é essa história.
Por que o Hesbolá, que está ocupado defendendo os Palestinos, atacando a fronteira norte de Israel para manter as tropas sionistas ocupadas, gastaria tempo planejando supostos atentados contra sinagogas e a população judaica brasileira?
Quem quer que inventou essa história, não pensou muito, pois é algo extremamente estúpido.
Ainda mais levando em conta que o Hesbolá tem fortes vínculos com o Irã, e o país persa recentemente entrou nos BRICS. E a entrada do Irã nos BRICS é um avanço na aliança entre os países atrasados, no sentido de resistir ao imperialismo.
Para que colocar isto a perder, mandando o Hesbolá colocar algum para fazer um atentando contra judeus no Brasil (presumindo que o Irã tem total controle sobre o Hesbolá, o que não é fato)? Que história para boi dormir. Tem que ser muito ingênuo ou mal intencionado para acreditar nisto.
E a coisa fica ainda pior quanto mais a imprensa burguesa insiste nela.
Há alguns dias, um dos órgãos “jornalísticos” a soldo dos EUA, publicou uma matéria falando que um dos suspeitos presos teve um encontro pessoal com o “chefe” do Hesbolá.
Sim, olhem a estupidez. Hassan Nasralá, o “chefe” do Hesbolá, o partido político mais importante do Líbano, um dos mais importantes dos Oriente Médio, que liderou a vitória contra Israel em 2006, e que agora está lutando junta com os Palestinos contra o Estado Sionista; se reuniu pessoalmente com um libanês avulso (com todo o respeito à pessoa), para combinar um atentando terrorista contra judeus no Brasil.
A falta de verossimilhança, a estupidez dessa história, mostra o tamanho da decadência do imperialismo.
Detalhe para o uso da palavra “chefe”, tentando pintar Nasralá, o líder de um partido ligado às massas, e um hábil líder político, como se fosse um criminoso (“chefe do tráfico”)
E, segundo a reportagem veiculada nesse jornal da imprensa burguesa, Hassan Nasralá, o “chefe” do Hesbolá, teria dito ao suspeito “A gente precisa ser capaz de matar e sequestrar”.
Ainda bem que ele disse isto. Caso não tivesse dito, o nosso suspeito não saberia. Afinal, o Hesbolá é um partido político que possui um braço armado. Estima-se que possui cerca de 100 mil tropas. É preciso que o “chefe” do Hesbolá diga expressamente que precisa de gente capaz de matar, sempre que for recrutar “terroristas”. Caso não diga, os recrutados não saberão suas tarefas, e serão pegos de surpresa na hora H.
Aliás, o recrutamento sempre se dá de forma pessoal. Sempre.
É um jornalismo de esgoto mesmo. Aliás, é complicado até chamar isto de jornalismo. Acredita quem quiser.
Apesar disto, do caráter grotesco e falso de toda essa história, toda as organizações populares devem ficar alerta, pois essa situação mostra algo extremamente grave: que a Polícia Federal está sendo controlada pelo Mossad, e o imperialismo e o sionismo buscam criar as condições objetivas para impedir o avanço da luta em prol da Palestina no Brasil, incluso um apoio mais incisivo por parte do governo.