Hoje, a partir das 9h da manhã, na Praça Oswaldo Cruz, no começo da Avenida Paulista, acontece o quinto ato em apoio à luta do povo palestino e contra o genocídio promovido pelo Estado sionista de Israel em São Paulo.
A atividade ocorre uma semana depois do grande ato do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino (4/11) que reuniu mais de 5 mil pessoas, e no final de uma semana marca por importantes acontecimentos que ajudam a compreender ainda mais claramente a importância da luta do povo palestino para os explorados brasileiros e de todo o mundo.
Massacre sem pausa
Em Gaza, o total de mortos, divulgado pelo Ministério da Saúde local, ultrapassou a marca de 11 mil, mas há cerca de 2 mil desaparecidos, muitos dos quais soterrados pelos escombros dos bombardeios massivos feitos pelo exército sionista. O balanço de mais de 30 dias de incessantes ataques apontou que em cada hora 6 crianças e quatro mulheres morreram, números que tornam evidente que “o que Israel está fazendo não é uma guerra contra o Hamas [como anuncia a cínica imprensa capitalista, NR], é uma guerra contra todo o povo palestino“, como assinalou um médico de Gaza.
Discursando em Paris, até mesmo o conciliador primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, se dirigindo ao presidente da França, Emmanuel Macron, reafirmou as raízes do conflito:
A operação de extermínio levada adiante pelas tropas israelenses, com requinte de crueldade, é tão grande que representantes da ONU começaram a se pronunciar contra os crimes de guerra e outras atrocidades cometidas contra o povo palestino. O subsecretário-geral e diretor do Escritório Regional para os Direitos Humanos, Abdallah Al Dardari, por exemplo, declarou em uma coletiva de imprensa no começo da semana que 50% das casas na Faixa de Gaza foram destruídas em apenas um mês. Ele comparou a situação com a da guerra na Síria [também impulsionada pelo imperialismo], na qual “foram necessários 4 anos de combates… para perder a percentagem de casas que Gaza perdeu num mês“.
Levante popular
Esse brutal e covarde ação contra o povo palestino impulsionou em todo mundo milhares de protestos e aumentou o clima de polarização política contra o imperialismo, principalmente, no Oriente Médio, mas também em quase todos os países do Mundo.
Além de gigantescas manifestações em favor dos palestinos, também se ampliaram as reações de importantes setores da classe operária mundial, até mesmo nos países imperialistas que apoiam a ação genocida de Israel.
Foi o caso dos trabalhadores do Reino Unido e Estados Unidos que na quinta-feira e na sexta-feira (9 e 10), bloquearam com piquetes as entradas das instalações de fornecedores militares exigindo o fim do fornecimento de armas para Israel.
Pressionados pela revolta que a ação nazista de israel está fazendo crescer entre seus povos, dirigentes de vários países da região voltara a se pronunciar.
Foi o caso do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que em mais um duro pronunciamento afirmou que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é uma “uma catástrofe, um desastre, um crime contra a humanidade que está ocorrendo diante dos olhos do mundo inteiro”, e reafirmou que a Turquia “apoiará totalmente a vontade do povo de Gaza de não abandonar as suas casas e terras”, e ainda acusou Israel de retórica antiturca e advertiu: “eles estão testando a nossa paciência com as suas bobagens sobre a terra prometida, que inclui o território do nosso país, e com as suas ameaças de usar armas nucleares”.
Ataques ao movimento no Brasil
Tentando agir contra a rejeição que sua ação genocida provoca em todo mundo e, de forma, destacada no Brasil, onde os atos não param de crescer, a direita sionista, com o apoio do bolsonaristas – incluindo o próprio ex-presidente fascista -, a submissão da Polícia Federal e a conivência de setores reacionários do governo, como o ministro Flávio Dino (PSB), trataram de realizar a criminosa operação “trapiche” para prender supostos terroristas em solo brasileiro.
Em pouco tempo foi ficando evidente o caráter farsesco de toda a operação que não só visava fazer campanha contra o Hesbolá (partido político libanês com reconhecimento legal pelo governo brasileiro) mas atingir o caráter cada vez mais combativo dos protestos no Brasil, e em todo o mundo, que apoiam as ações desse grupo, do Hamas e de todos os que lutam – pelos meios necessários, inclusive, de armas nas mãos – contra o martírio do povo palestino.
Aos poucos a farsa ficou evidente, “a operação não mostrou armas, bombas ou qualquer prova substancial de qualquer organização de atos terroristas. O que aponta para uma operação psicológica liderada por Israel com o auxílio dos EUA. O objetivo é bem claro, taxar todo o movimento palestino como terrorista“.
Ela foi sendo denunciada por um número cada vez maior de dirigentes da esquerda, como o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, que denunciou que “a operação anti-terrorista da PF contra o Hesbolá é a resposta do Estado sionista e do imperialismo norte-americano ao crescente apelo pela ruptura das relações diplomáticas do Brasil com Israel. Três países da América do Sul já romperam relações com Israel. Uma decisão brasileira poderia fazer balançar toda a América Latina. É uma operação contra a esquerda nacional, não contra o Hesbolá. Querem intimidar os defensores da Palestina, tachando todos de criminosos ou, na linguagem policialesca do imperialismo, de ‘terroristas’“.
Às ruas
A situação reforça a necessidade de uma ampla mobilização em repúdio ao gigantesco massacre sionista, que serão também a expressão da rejeição e do desmascaramento das intrigas dos assassinos para desamar e desmobilizar os que querem impedi-los de continuar matando impunemente.
Seguindo na defesa do povo palestino, o bloco vermelho, integrado – entre outros – pelos Comitês de Luta, pelo Partido da Causa Operária (PCO) e pela Bateria Zumbi dos Palmares, irá se concentrar na Praça Oswaldo Cruz, a partir das 9h da manhã, para daí se juntar à toda a manifestação.
O fortalecimento desse bloco é fundamental diante dos ataques e ameaças que companheiros e organizações que o integram sofreram, como ameaças de morte, denúncias policiais e todo tipo de cerceamento por conta da posição combativa que o coloca
na linha de frente da luta dos palestinos contra a ocupação nazista de Israel. Por conta disso, os sionistas precisam atacar não só fisicamente, mas ideologicamente o Hamas para justificar as verdadeiras atrocidades que estão cometendo na Faixa de Gaza.
Nesse sentido, defender o Hamas, consequentemente, é defender o povo palestino em sua luta contra uma das maiores opressões que a humanidade já viu. Defender o Hamas é defender o direito de os oprimidos lutarem de armas na mão contra os seus opressores.
Por isso, nesse domingo, vamos todos às ruas, porque essa defesa não deve se restringir à Internet, aos jornais progressistas, mas deve ocupar as ruas e ganhar, cada vez mais, mentes e corações dos trabalhadores e da juventude, superando a confusão política de amplas parcelas da esquerda.
A mobilização popular é o maior instrumento de pressão contra os aliados de Israel para que parem o bombardeio.
A pressão nas ruas também é importante para impedir que os governos nacionais capitulem diante da pressão do imperialismo e atuem em favor de Israel no genocídio em curso. Por isso vamos levantar a defesa de que o governo brasileiro rompa relações com o Estado genocida de Israel.
Não deixe de comparecer ao ato deste domingo em São Paulo! Para mais informações, entre em contato conosco pelo fone/zap (11) 99741-0436.