Nesta sexta-feira (10), a Polícia Federal cumpriu mais um mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Trapiche, deflagrada no dia 8 de novembro. Em nota, a corporação afirmou que a operação tinha como objetivo “interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”. Segundo divulgado pela imprensa, a Polícia Federal tem vinculado os investigados à atividade do Hesbolá, principal organização política do Líbano.
Na operação de sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu realizou buscas no estado de Goiás. Ao todo, a corporação já cumpriu dois mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Goiás.
No dia em que foi deflagrada a Operação Trapiche, o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu veio a público para informar que o Mossad, serviço secreto de seu país, havia participado das investigações.
Por meio de suas redes sociais, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, chamou a operação de “resposta do Estado sionista e do imperialismo norte-americano ao crescente apelo pela ruptura das relações diplomáticas do Brasil com Israel”.
Breno Altman, do Partido dos Trabalhadores, também criticou a operação: “O Brasil está sendo chantageado e humilhado por Israel, que detém brasileiros como reféns. A reação do governo, ao invés de firmeza, demonstra fraqueza e leniência, com a Polícia Federal colaborando em uma operação de propaganda do regime sionista, articulada com o Mossad”.