Uma nota para discorrer sobre muita coisa num mesmo lugar.
Hoje o tempo passa rápido,
Sou pequena em meio ao gigante
O enorme ativo humano.
Os dias tem sentido,
Mas são codificados por uma letra breve
Binários, um e zero, contam uma vida.
Não sou criança, tampouco envelheço
Em meio passo, piso solto
Num crepitar breve da fogueira do tempo.
Jamais me disseram, tempos passados, das dores
O pesar das primeiras alianças em zero a zero.
O adeus não dito, para os que jamais voltarão
A história, pois, prossegue sem perdão das perdas
A matéria ocupa o que diriam vazio
Esse jamais presente na faculdade humana
Lotados de matéria escura
Nossos átomos repercutem uma onda harmoniosa
Não somos, porém, os mestres acima do tempo poderoso
Onipresente, em universo que se expande sobre o mistério
Jamais deixei de acreditar no tempo
Ele sempre agiu na sua dualidade
Inimigo-amigo
Levando o passado em passo intenso
Ensinando a nostalgia e o desapego
Fez as guerras em um feixe pequeno,
No qual as almas humanas aprendiam a revolução
Passo a passo, em uma cadência cuja lei foi escrita
Homem sobre homem digeriram a dialética da história
Não vivi nenhuma guerra
Tampouco vi sequer uma revolução
As crenças conduto, suprimem o não feito
Na força de uma juventude ainda existente
Tudo que digo
Que se faça a revolução.