Na quarta-feira (14), em março de 2023, o secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Nikolai Patrushev, afirmou que a situação internacional é muito crítica devido às ações inescrupulosas da política externa norte-americana. Em nota, o político de Moscou, afirma que a “política destrutiva” dos EUA, “piorou“ a segurança global e, acrescentou:
“Além disso, estimulam o crescimento de ameaças e desafios comuns, incluindo o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado transnacional”, disse Patrushev na abertura da reunião, acrescentando que “o risco do uso de armas nucleares, químicas e biológicas está a aumentar”, o secretário finalizou, “A militarização do espaço e do ciberespaço está a ser levado a cabo a um ritmo acelerado”.
O Secretário do Conselho de Segurança russo indicou que o “Ocidente” (nomenclatura que diz respeito aos países da Europa Ocidental, EUA, Canadá e Japão, em suma; o imperialismo) está agravando a situação no Sul do Cáucaso ao forçar os responsáveis moldavos a prosseguirem a adesão à UE (União Europeia), contra a vontade do povo.
“Basicamente, a Moldávia corre o risco de se tornar mais uma vítima da política colonial ocidental, que é levada a cabo de forma aberta, descarada e cínica, em violação do direito internacional e das leis do país, incluindo a constituição” – afirmou Patrushev
Segundo Alexander Sternik à Sputnik, diretor do Terceiro Departamento da Comunidade de Estados Independentes do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, os Estados Unidos da América estão aumentando sua presença militar no Cazaquistão, que compartilha uma fronteira de 7.644 quilômetros com a Federação Russa, utilizando o pretexto de “programas de treinamento para forças de manutenção de paz”. A política que está sendo denunciada atualmente pela Rússia, é uma realidade concreta, basta ver que anteriormente os EUA enviou a Nancy Pelosi, Membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a Taiwan e, ultrapassou a dita “linha vermelha” dos chineses, rompendo a política de “Uma só China”. A loucura militar se extrapola nos conflitos militares, em que a utilização de armas químicas e biológicas estão se tornando comuns, por exemplo, a utilização de urânio empobrecido (DU) na Rússia e laboratórios biológicos na Ucrânia.
A política dos EUA não é apenas criticada pelo “Eixo do Mal”, leia-se China, Rússia, Coreia do Norte, Irã e, pasmem, até mesmo o Brasil, mas também é criticada por analistas militares e até mesmo pelos candidatos da direita norte-americana, como Donaldo Trump (Partido Republicano) e Ron deSantis (Partido Republicano) que afirmou, há alguns meses, em relação à guerra por procuração da Rússia contra a Ucrânia:
“Os EUA têm muitos interesses nacionais vitais – garantir a segurança das nossas fronteiras, responder à crise de preparação dos nossos militares, conquistar a segurança e independência energética e controlar o poder econômico, cultural e militar do Partido Comunista a China -, e se envolver ainda mais em uma disputa territorial entre a Rússia e a Ucrânia não é um deles” – afirmou o governador da Flórida.
A situação caótica, incluindo a situação no Oriente Médio com a operação “Dilúvio de Al-Aqsa”, ação revolucionária do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), provocada também pela participação da política externa norte-americana em relação a Israel, gera um temor internacional de uma possível guerra nuclear, a tão temida Terceira Guerra Mundial.
É importante destacar que, ao contrário do que acredita a esquerda pequeno-burguesa brasileira e estrangeira, as loucuras militares dos EUA são levadas a cabo pelo verdadeiro senhor da guerra, Joe Biden (Partido Democrata), que é sustentado por elementos nefastos da burguesia mundial, e não pelo “mal maior”, Donald Trump. O grande X da questão é que uma guerra mundial, como está moldada, não seria como a primeira e a segunda guerras, que eram conflitos inter-imperialistas, segundo o próprio Lênin. Mas sim, uma guerra de proporções revolucionárias: de um lado, a luta pela libertação dos países de capitalismo atrasado e, do outro, os países imperialistas.
Apesar de ser a política do imperialismo, é uma aventura militar incerta para a continuidade da dominação imperialista. Apesar disso, é fato que a política hostil norte-americana coloca o mundo em risco a uma guerra nuclear, que em termos de perda humana, seria uma catástrofe.