A líder do Sinn Fein, Mary Lou McDonald, da Irlanda, pediu a expulsão da embaixadora israelense Dana Erlich, apontando que ela “não deve continuar a gozar de estatuto diplomático na Irlanda”. O Sinn Fein é um partido nacionalista irlandês, portanto, opositor ao colonialismo britânico e historicamente tem laços profundos com a causa palestina.
O partido tem condenado repetidamente o bombardeamento de Gaza por Israel.
“As Forças de Defesa de Israel estão envolvidas numa ofensiva militar feroz contra uma população civil, violando o direito internacional ao atingir civis, destruir infra-estruturas civis, forçar deslocações em massa da população e cortar o abastecimento vital de água, alimentos, medicamentos e combustível”, afirmou McDonald.
Por isso, ela alegou que a presença da embaixadora de Israel na Irlanda tornou-se “insustentável”, acrescentando que ela “não deve continuar a gozar de estatuto diplomático na Irlanda enquanto Israel recusa o imperativo de cessar-fogo e enquanto o sofrimento e o número de mortos aumentam”.
A líder do nacionalismo irlandês discutiu, na sexta-feira (3), o conflito com diplomatas da Argélia, Egipto, Iraque, Cuaite, Marrocos, Palestina, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
A embaixada de Israel em Dublin criticou a líder do Sinn Fein por não convidar Erlich para a reunião, acusando-a de “apenas isolar Israel, em vez de oferecer um fórum para um compromisso construtivo”. “Excluir Israel de um tal fórum é bastante revelador da posição do Sinn Fein sobre o conflito”, afirmou a embaixada num comunicado.
O Sinn Fein é o partido político mais popular da Irlanda.