Para o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), está havendo um claro “deslocamento” dos governos e da opinião pública mundial no que diz respeito ao conflito entre israelenses e palestinos. Cada vez mais, Estados Unidos e Israel se encontram isolados e confrontados com manifestações nas ruas contra os crimes que estão sendo cometidos na Faixa de Gaza. Essa tese foi apresentada no programa Entrevista com Attuch, da TV 247, que foi ao ar na última sexta-feira (3).
Logo no início do programa, Leonardo Attuch perguntou se Pimenta concordava com uma declaração dada pelo jornalista Breno Altman, para quem os partidos de esquerda com participação parlamentar – PT, PSOL e PCdoB – estariam completamente ausentes das manifestações em apoio à Palestina. O presidente do PCO concordou com a avaliação e destacou que, à exceção de seu Partido, todos os partidos brasileiros estão assistindo o genocídio de braços cruzados.
Em seguida, Rui Pimenta criticou o próprio governo Lula, que, segundo ele, teria tomado uma posição muito negativa diante do conflito. Segundo a avaliação de Pimenta, o governo Lula “corre o risco de perder o apoio de setores mais sérios da esquerda”, que estão vendo a inação do governo.
Para o presidente do PCO, gestos como os de Gabriel Boric, Gustavo Petro e Luís Arce, que criticaram Israel e tomaram medidas diplomáticas tímidas, são positivos. No entanto, provavelmente só ocorreram porque os governos do Chile, da Colômbia e da Bolívia estão sob grande pressão social interna. O apoio à Palestina, assim, seria uma forma de tentar se apresentar como governos anti-imperialistas e, portanto, populares.
A única posição aceitável para o governo brasileiro, segundo o presidente do PCO, seria a de romper relações com o Estado de Israel e denunciar os crimes cometidos pelos sionistas. Rui Pimenta considera que o governo “caiu em uma política vazia”, que é a de esperar que a Organização das Nações Unidas (ONU) aja.
Além de discutir a situação da Palestina, o presidente do PCO também criticou duramente a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que diante de uma das maiores demonstrações de racismo da história da humanidade, que é o genocídio palestino, veio a público falar que a luta do povo negro seria a luta por proibir palavras como “buraco negro”.
Fique por dentro de tudo o que foi discutido no programa assistindo-o na íntegra: