Não tem sido difícil encontrar uma declaração de algum representante do governo de Benjamin Netanyahu, de Israel, prometendo “varrer” a Faixa de Gaza. “Os palestinos são animais e serão tratados como tais”, já disse um ministro. “Nossos inimigos apenas começaram a pagar o preço e eu não direi mais”, declarou o próprio Netanyahu.
Por trás de todo esse discurso truculento e agressivo, no entanto, a realidade é diametralmente oposta. Os israelenses não estão nem perto de “liquidar a fatura” na Faixa de Gaza. Pelo contrário: as informações mais confiáveis dão conta de que o exército israelense está sofrendo derrota após derrota na tentativa de invadir o território palestino por terra.
Ao mesmo tempo em que Israel não consegue vitórias militares, os sionistas, junto com seus padrinhos norte-americanos, também vão colecionando derrotas políticas. Cada vez mais, Estados Unidos e Israel se veem isolados.
Em praticamente todos os países do mundo, o povo está saindo às ruas em defesa do povo palestino. Os atos não param de crescer. Os governos nacionais, por sua vez, também têm acompanhado os movimentos e denunciado explicitamente a ação de Israel. Ao menos quatro países já romperam com o Estado sionista. Neste momento, Iêmen e o Hesbolá, do Líbano, já declararam guerra aberta a Israel.
A unidade de governos, movimentos guerrilheiros, sindicatos e organizações populares na luta contra o Estado de Israel – e, por consequência, contra o imperialismo – vem ganhando características verdadeiramente inéditas. Esse é, de longe, o maior movimento mundial contra Israel. Mas é também o movimento de maior adesão internacional contra os Estados Unidos. Nem mesmo a famosa Guerra do Vietnã, que provocou uma crise de enormes proporções, contou com tanto apoio internacional. Naquele momento, a oposição a guerra era fundamentalmente uma oposição vinda dos Estados Unidos, motivada pela morte dos soldados.
Neste caso, embora haja uma grande contestação nos Estados Unidos, a luta contra Israel já conta com a mobilização dos povos de todos os continentes. E mais: uma mobilização que tende a crescer em todo o mundo.
É preciso apoiar com todo vigor as manifestações em apoio ao povo palestino e às suas organizações armadas, que estão bravamente lutando contra o Estado nazista, criminoso e ilegal de Israel.