Nessa sexta-feira (03), o secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que os EUA estão determinados a que não haja uma segunda ou terceira frente no conflito entre Israel e Palestina.
“Com relação ao Líbano, ao Hesbolá, ao Irã – fomos muito claros desde o início que estamos determinados a não permitir a abertura de uma segunda ou terceira frente neste conflito”, disse Blinken a repórteres em Tel Aviv, em resposta a uma pergunta sobre se os EUA estariam dispostos a usar seu poder na região.
Para tal, desde o começo da guerra, o Exército norte-americano vem se posicionando, por meio, principalmente, de seus porta-aviões, em regiões estratégicas. O discurso de Hassan Nasrallah, líder do Hesbolá, porém, mostra que a declaração de Blinken é muito mais bravata do que realidade.
Além de deixar claro que os Estados Unidos não intimidam o Hesbolá, Nasrallah anunciou um balanço do efeito que a organização libanesa teve na guerra. “A ofensiva do Hesbolá obrigou a deslocar um terço das forças armadas de Israel para fronteiras com o Líbano, aliviando situação em Gaza […] metade da força da naval, metade do Domo de Ferro, um terço das logísticas”, disse.
Nesse sentido, para apoiar cada vez mais a luta do Hamas e do povo palestino, o líder libanês afirmou que o Hesbolá deve aumentar cada vez mais os seus ataques à ocupação nazista de Israel no norte da Faixa de Gaza, que é justamente o que os EUA não querem.
Para a infelicidade do imperialismo norte-americano e para a felicidade dos oprimidos de todo o mundo, a crise do capitalismo indica que a versão do Hesbolá – de mais de uma frente contra Israel – corresponde à realidade, e não a de Blinken e dos EUA.