Hoje (4), a partir das 16h, milhares de pessoas são esperadas na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), para um dos atos públicos mais importantes deste ano, que será parte de uma jornada mundial de manifestações em apoio ao povo palestino. O ato de São Paulo não será o único no Brasil – em cidades como Recife e Brasília, o povo também sairá às ruas em solidariedade aos árabes que estão sendo martirizados. No entanto, por ser o centro político do País, será, sem dúvidas, o mais importante de toda a América do Sul.
Este será o quarto ato realizado em São Paulo desde o ataque dos guerrilheiros palestinos deflagrado no dia 7 de outubro. Desde então, foram organizados três atos, que foram sequencialmente maiores. O último ato, que também ocorreu na Avenida Paulista, já conseguiu reunir alguns milhares de manifestantes. Tudo indica que a manifestação de hoje será muito maior.
As manifestações em apoio à Palestina ocorrem hoje em todos os continentes. Cada vez mais, os povos se rebelam contra o enclave imperialista de Israel, uma ocupação criminosa imposta pelo imperialismo à população do Oriente Médio. Enquanto o Iêmen e o Hesbolá já declararam guerra a Israel, juntando-se aos palestinos, governos nacionalistas, como o do Irã e o da Turquia, vêm ameaçando entrar no conflito, caso os sionistas não parem o bombardeio sobre o povo árabe.
O apoio ao povo palestino vem se convertendo em um dos movimentos políticos mundiais mais espetaculares da história. E, por mais que a classe operária de países distantes não tenham, a princípio, como intervir militarmente em favor dos palestinos, a pressão política exercida nas ruas pode ter um papel decisivo. Afinal, a mobilização contra Israel e contra os Estados Unidos está deixando esses países isolados, o que poderá ter várias consequências profundas na ordem mundial. Chama a atenção que, no mesmo momento em que os Estados Unidos e Israel são contestados no mundo inteiro, uma votação da Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que os únicos que ainda apoiam o bloqueio à ilha de Cuba são os próprios sionistas e os próprios norte-americanos.
Ao mesmo tempo em que as manifestações têm a importância de esvaziar o apoio social do imperialismo, elas também ajudam a pressionar os governos nacionais, que constantemente capitulam diante dos países imperialistas. Se a mobilização se intensificar, é possível que países como a Turquia efetivamente intervenham militarmente a favor da Palestina.
No Brasil, assim como em várias partes do planeta, o plano da imprensa capitalista para confundir a população e evitar que esta apoie o povo palestino consiste em uma vergonhosa campanha de calúnias contra os movimentos guerrilheiros árabes, em especial, o Hamas. A campanha visivelmente faz pouco efeito – até mesmo uma pesquisa bastante manipulada da Genial/Quaest mostrou que, na pior das hipóteses, metade dos brasileiros estaria contra o Hamas. Essa campanha, no entanto, acaba por dificultar a unidade em torno da luta contra Israel, uma vez que tem conseguido se infiltrar em setores da esquerda que se dizem “a favor dos palestinos”, mas “contra o Hamas” – o que é uma posição absurda.
Por isso tudo, é muito importante que a manifestação de São Paulo seja massiva e que se coloque claramente a favor dos grupos armados palestinos. O que o Hamas, a Jiade Islâmica e todo o movimento guerrilheiro está fazendo é um verdadeiro ato heroico de libertação nacional e deve ser apoiado por todo o movimento de trabalhadores.
O Partido da Causa Operária (PCO) estará presente no ato e convida todos a se manifestarem a favor do Hamas. Desde o dia 7 de outubro, dirigentes do Partido vêm se declarando “1000% com o Hamas” e defendido explicitamente a ação dos grupos guerrilheiros. Conforme relatado à nossa equipe por um militante do PCO, o Partido está chamando a todos os que querem fazer uma verdadeira defesa da Palestina a se juntar ao bloco do PCO nos atos de hoje.