Em discurso histórico, nesta sexta-feira (3/11), o secretário geral do Hesbolá, Hassan Nasralá, reafirmou o que vem sendo dito pelo próprio Irã e também pelos palestinos. Nasralá destacou que um dos grandes motivos que a operação Dilúvio de Al-Aqsa foi um sucesso militar é que era de fato uma operação secreta. O fato da resistência palestina não ter se comunicado com o Hesbolá, com o Irã e com outras forças impediu que ela fosse descoberta.
Nas palavras de Nasralá: “Desde a Revolução Iraniana, o Irã apoia movimentos de resistência, mas não os lidera”. Isso é importante pois o imperialismo se refere constantemente aos grupos armados como “procurações” do Irã. No entanto a resistência islâmica em cada país, Hesbolá, Hamas, Ansar Alá etc. são grupos revolucionários nacionalistas que se apoiam no Oriente Médio, sendo o aliado mais forte o Irã.
O líder do Hezbollah faz seu primeiro discurso público desde o início da guerra, enquanto Israel continua sua ofensiva na Faixa de Gaza. Estima-se que cerca de 3.000 palestinos de Gaza que estavam trabalhando em Israel quando a guerra começou foram forçados a retornar ao enclave. Acredita-se que milhares tenham desaparecido em meio a uma campanha de prisões em massa após 7 de outubro.