Num colégio particular em Porto Alegre (RS), um professor está sendo investigado por ter afirmado que o Hamas é um grupo político. O caso escatológico aconteceu no Colégio Anchieta durante uma aula do 9º ano.
O caso está sendo divulgado em vídeo nas redes sociais. O professor afirma que: “Bombardear hospitais em que civis morrem também pode ser visto como uma ação terrorista. No entanto, você chama Israel de terrorista? Aí que está a questão. Não existe certo e errado nesse processo, são pontos de vista.” Como está claro, a colocação do professor é a mais ponderada possível, no entanto, na verdadeira ditadura que o sionismo e o imperialismo tentam impor no caso palestino, nem isso é possível fazer.
Mais adiante, o professor diz que “o Hamas, é um grupo político que tem a hegemonia na região de Gaza”. Outra colocação normal, mas isso não importa para a direita.
A perseguição contra um professor de história por defender determinado ponto de vista já é totalmente absurda. O mais escatológico, no entanto, é que nem mesmo a ONU e o governo brasileiro consideram o Hamas um grupo terrorista, ele é um grupo político, exatamente como afirma o professor. E mais ainda, mesmo se fosse um grupo terrorista, ele não deixaria de ser um grupo político.
Trata-se de uma perseguição de tipo obscurantista.
Há um veto imposto pela burguesia brasileira, totalmente subserviente aos interesses do imperialismo e do sionismo, para qualquer apoio ao Hamas.
Perseguir o professor de história por ter dito que o Hamas não é terrorista, mas um grupo político é como perseguir um professor de matemática por explicar que 2 mais 2 são 4.
O ocorrido é bem grave. Os acontecimentos em Gaza estão gerando uma crise gigantesca no mundo todo. Há uma mobilização crescente em defesa dos palestinos e no Brasil não é diferente. Por isso, a direita brasileira quer impor uma ditadura.