Os confrontos entre os palestinos e os invasores sionistas continuam na Faixa de Gaza. A principal força que defende o território palestino são as Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas. As tropas israelenses avançaram em direção à Cidade de Gaza, o centro populacional mais importante da Faixa, mas estão enfrentando forte oposição dos combatentes palestinos na luta pela cidade.
Os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina emergem de túneis para disparar contra tanques israelenses que se aproximam, antes de voltarem para sua vasta rede subterrânea, segundo relatos de moradores e vídeos de ambos os grupos na quinta-feira.
O que fica claro é que mesmo com toda a desigualdade de armamentos, o Hamas segue impondo derrotas militares aos invasores israelenses na Faixa de Gaza. Veja o vídeo abaixo, por exemplo, que mostra bem a coragem dos combatentes do Al Qassam:
O exército israelense afirmou na quinta-feira que havia perdido o comandante de seu 53º batalhão na luta, elevando o número total de soldados israelenses mortos desde que intensificou sua incursão terrestre para 18 (números divulgados por “Israel”) O comandante, tenente-coronel Salman Habaka, é considerado o oficial israelense mais graduado morto desde o início das operações terrestres no final de outubro.
Israel reconheceu que o Hamas estava “bem preparado” para a batalha, citando “campos minados e armadilhas” que tornavam o acesso à cidade difícil. “Este é certamente um terreno mais densamente minado do que no passado, com campos minados e armadilhas”, disse o brigadeiro-general Iddo Mizrahi, chefe dos engenheiros militares de Israel, à Army Radio. “O Hamas aprendeu e se preparou bem”, acrescentou.
Um residente da Cidade de Gaza disse à agência de notícias Reuters que Israel bombardeou a cidade durante toda a noite de quarta-feira, mas não conseguiu ultrapassar os limites da cidade. “Pela manhã, descobrimos que as forças israelenses ainda estão do lado de fora da cidade, nos arredores, o que significa que a resistência é mais forte do que eles esperavam”, disse o morador, que pediu para não ser identificado.
Os combatentes das Brigadas Al-Qassam, junto a outros grupos armados palestinos, estão travando uma luta heroica contra um dos mais bem equipados exércitos do planeta. Os sionistas, por sua vez, estão tendo muitas dificuldades de obter vitórias militares. Bombardear hospitais desprotegidos para “Israel” é fácil, difícil é combater o Hamas.
Finalmente, a operação terrestre de Israel é praticamente inexistente. Suas tentativas de penetrar posições do Hamas estão sendo bravamente combatidas pelo grupo palestino, que mostra um ânimo inspirador em sua luta contra um dos Estados mais poderosos e sanguinolentos de todo o planeta. Nesse sentido, os combatentes deixam claro que a guerra não será um “passeio” para Israel, que com certeza enfrentará mais resistência com o desenrolar do conflito.
Mais do que isso, a situação dos embates entre o Hamas e o Exército de Israel mostra como a crise do imperialismo abriu uma oportunidade sem precedentes: é possível derrotar o Estado genocida israelense. Para tal, entretanto, será necessário ajuda de outros países e grupos guerrilheiros, parceria que parece estar se desenvolvendo com rapidez: o Iêmen já declarou guerra aos nazistas de Israel e a expectativa é que, em seu discurso de hoje, o líder do Hesbolá também declare que o Líbano entrará oficialmente no conflito.