Está se intensificando a “corrida-do-ouro”, a disputa pelo controle do orçamento público de 2024, que deu lugar a uma renhida disputa governo x banqueiros, que a imprensa procura apresentar – principalmente – na forma de uma suposta desavença entre o presidente Lula e a equipe econômica, tendo à frente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Banqueiros sanguessugas…
Embora o entrevero esteja escondido diante dos grandes acontecimentos que sacodem o mundo, o fato é que está em curso uma luta gigantesca pelos trilhões do orçamento público federal, umas das maiores – se não, a maior – fonte de riquezas dos capitalistas em crise, que parasitam os cofres públicos, ou seja, vivem do dinheiro dos impostos pagos pelos trabalhadores.
À frente dessa legião de sanguessugas, estão os banqueiros, como reconhece o próprio presidente Lula, que criticou o “mercado ganancioso”, diante da pressão para reduzir os gastos sociais e obras que gerem empregos e deixe de impulsionar algum desenvolvimento para garantir apenas os interesses dos bancos.
O presidente passou a ser alvo de uma intensa campanha da imprensa capitalista – a serviço dos especuladores financeiros – após ter declarado dias atrás que o resultado primário e o equilíbrio fiscal para 2024 “dificilmente” será alcançado, pois, “até por que eu não quero fazer cortes em investimentos… eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo um corte de bilhões nas obras”, afirmou,
… e sua máfia no Banco Central
Para continuar favorecendo os banqueiros, na última quarta (dia 1º), o Copom (Conselho de Política Monetária), sob a presidência do banqueiro bolsonarista, Campos Netto, reduziu em minúsculos 0,5% a taxa básica de juros, mantendo a taxa no Brasil como a mais alta do mundo, em termos reais, ou seja, acima da inflação.
Não há um termo de acordo, com esses parasitas que querem ver o povo na miséria, na fome e desemprego para garantir seus interesses e que, neste ano, devem embolsar cerca de R$2,5 trilhões em pagamentos, juros e serviço da fraudulenta dívida pública.
Mobilizar os trabalhadores
Contra a pressão da direita, dos banqueiros e toda a burguesia golpista é preciso contrapor a pressão da mobilização dos trabalhadores, para que os recursos do orçamento sejam destinados a atender as necessidades populares, investir em infraestrutura, educação e saúde, etc.
Contra a política de expropriação do povo, é preciso expropriar os bancos e estatizar o sistema financeiro para colocá-lo a serviço dos interesses da imensa maioria da população.
De imediato, mobilizar pelo corte drástico nas taxas de juros; fim da “autonomia” do banco central, fora Campos Neto e toda a corja direitista e golpista do Banco Central e do governo.