O jornal pró-imperialista alemão, Welt, denunciou o grupo Movimento de Resistência Islâmica, conhecido mundialmente como Hamas, de corrupção. Segundo a jornalista Christine Kensche, correspondente do Welt no Oriente Médio, “A cúpula do Hamas construiu um império financeiro fora da Faixa de Gaza no valor de cerca de 700 milhões de dólares”. Além da denúncia inescrupulosa, Christine também disparou na rede social X (ex-Twitter):
“Nem um centavo vai para Gaza. Enquanto o seu próprio povo sofre, a cúpula vive no luxo no exterior. Pude ver documentos exclusivos que comprovam o portfólio secreto do Hamas”
O jornal alemão não para por aí, suas críticas “baseadas em documentos”, mesmo que estes não sejam publicados, se estendem ao atual presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, líder político que defendeu o Hamas como um grupo de resistência palestina e libertação. Segundo o Welt, o presidente turco coloca ao dispor do Hamas diversas contas no banco:
“A cúpula do Hamas tem acesso a dezenas de contas em bancos turcos, como Türkiye Fina Albaraka, Kuveyt Türk, Vakif Katil e o banco estatal Ziraat Katilim, que são denominadas em euros e dólares americanos”, e continua, “O Banco Cooperativo Central Alemão é um dos correspondentes que realiza transferências da Europa para as sucursais turcas” – afirma Welt
É necessário, para todo esquerdista, entender que a velha denúncia da corrupção é uma poderosa arma da direita. No Brasil, a população já sentiu o drama em algumas oportunidades, é o caso do presidente Getúlio Vargas em meados do século XX e do próprio atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, com a famigerada operação “Lava-Jato” que, finalmente, teve consequências drásticas para o povo trabalhador que teve seus direitos completamente esmagados com os dois anos de Michel Temer e quatro anos de Jair Bolsonaro, líder político da extrema-direita nacional. O truque direitista foi, é e será uma operação contra os grupos de esquerda, sobretudo, seu setor mais avançado; a esquerda revolucionária. O PCO (Partido da Causa Operária) foi vítima dessa calúnia infame. Segundo um certo jornaleco de “esquerda”, o partido desviou fundos eleitorais para benefício próprio e a ignóbil denúncia da “Família Pimenta” obter privilégios e vantagens às custas da causa operária.
Com este histórico tão nefasto, essa denúncia não pode intimidar a esquerda a apoiar um dos únicos grupos que está, de fato, defendendo o povo palestino. Pelo contrário, o Hamas deve ser apoiado incondicionalmente. A denúncia serve apenas para corroborar o apoio que deve ser direcionado ao grupo de resistência palestina. Nadando contra o mar de mentiras contadas pela imprensa venal imperialista, os trabalhadores do mundo inteiro devem se unir contra o Estado de Israel e sua política fascista, ao mesmo tempo, deve-se estar 1.000% com o Hamas. A luta do Hamas é a luta de todos os povos oprimidos!