O massacre do povo palestino por parte do Estado de Israel já esgotou as comparações com o que os nazistas fizeram na Segunda Guerra Mundial. Ataques como o bombardeio da cidade de Londres, por mais horrendo que tenham sido, era o reflexo de um enfrentamento entre dois países imperialistas. Isto é, era uma “briga de gigantes”. Ainda que o bombardeio tenha causado muitas baixas para os ingleses, Londres tinha uma série de mecanismos de defesa que amenizaram o massacre.
Até mesmo o enfrentamento entre os nazistas e a União Soviética não pode ser comparado à situação do povo palestino. Mesmo diante do brutal cerco a Leningrado, a União Soviética tinha melhores condições de defesa que hoje têm os palestinos.
O povo palestino sequer teve direito a um Estado. E, portanto, sequer tem um exército. Os métodos covardes de Israel contra os palestinos, de bombardear a população civil e de cercar as cidades para que o povo passe fome, acontecem sem que a Palestina tenha qualquer condição de se defender. O que Benjamin Netanyahu faz hoje com os palestinos deixaria até Adolf Hitler com inveja.
Apesar de todo esse cenário horrendo, não há um único governo que tenha enviado ajuda real para que os palestinos combatam os sionistas. Nem um único exército de qualquer país, seja ele um país atrasado ou um país imperialista, está agindo para que Israel pare o seu genocídio.
De uma maneira geral, os chefes de Estado dos países que estão em choque com o imperialismo têm demonstrado solidariedade ao povo palestino e até mesmo denunciado Israel; Vladimir Putin, Recep Erdogan e Alexandre Lukashenko, entre tantos outros, sabem muito bem que Israel é a mais acabada expressão da interferência do imperialismo no Oriente Médio. No entanto, nenhum deles enviou tropas para frear o genocídio.
Nem mesmo Erdogan, que convocou uma manifestação com dezenas de milhares de pessoas em seu país, está agindo efetivamente em prol dos palestinos.
Diante da paralisia dos governos, a ação do Hamas, da Jiade Islâmica e dos grupos armados só se torna ainda mais valiosa. No final das contas, são os únicos que estão lutando de armas na mão para conter Israel.