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Desemprego das trabalhadoras

Desemprego atinge mais as mulheres

Com a entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho os capitalistas utilizam a sua situação de opressão e discriminação social para impor os piores trabalhos

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Com a entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho, os capitalistas utilizam a sua situação de opressão e discriminação social para impor os piores trabalhos e para usá-la como mão de obra mais facilmente descartável nos momentos de instabilidade econômica. É por isso que nos momentos de recessão as mulheres engrossam o exército de reserva de desempregados, servindo aos capitalistas como um meio de chantagem dos trabalhadores empregados para que estes aceitem a redução de históricas conquistas trabalhistas. As mulheres são um dos primeiros setores a sofrerem barbaramente com as demissões. 

Na categoria bancária, pesquisa sobre o Emprego Bancário (PEB) de outubro de 2023 mostra que o fechamento de vagas no setor bancário se manteve pelo 11º mês consecutivo. De outubro de 2022 a agosto de 2023, foram extintas 5.982 vagas. Em agosto, o resultado negativo se deu exclusivamente entre mulheres, com o fechamento de 187 vagas e no caso dos homens foram 141. A contratação de homens foi 10,7% superior à de mulheres, e os desligamentos, por outro lado, foram 7,6% maiores entre elas.

O desemprego não é um flagelo da natureza, mas, na realidade, uma política dos grandes capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais para descarregar a crise das suas empresas sobre os ombros da classe trabalhadora.

Ao contrário da situação dos capitalistas, os trabalhadores perderam sempre e agora estão demitidos ou com os salários arrochadíssimos justamente pela chantagem da demissão, no entanto, em relação ao movimento operário não há nenhuma mínima reivindicações e lutas concretas.

É necessário levantar uma plataforma de defesa dos interesses dos trabalhadores, organizando uma verdadeira campanha contra o desemprego, que obrigatoriamente precisa ter como eixo de mobilização a diminuição da jornada de trabalho sem diminuição do salário como a única resposta real, concreta e integral ao flagelo do desemprego.

Fim à política que procura identificar o interesse dos capitalistas como sendo a do trabalhador. Para lutar contra o desemprego é preciso organizar os trabalhadores em cada local de trabalho para conseguir a diminuição da jornada de trabalho para 35 horas semanais, no caso da categoria bancária, que tem já garantida, através de muitas lutas, a conquista da jornada de 30 horas semanais, lutar contra a política dos banqueiros de reestruturações, com o fechamento de milhares de agências e dependências bancárias, e contra a terceirização onde os banqueiros estão a todo vapor substituindo os trabalhadores bancários por terceirizados e lutar em defesa da estabilidade no emprego.

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