“Nós, das Brigadas Al-Qassam, através da mediação egípcio-catariana, libertamos as duas detidas […] sabendo que o inimigo se recusou desde a última sexta-feira a aceitar o seu recebimento, e ainda negligencia o ficheiro dos seus prisioneiros. Decidimos libertá-las por questões humanitárias, apesar dos crimes de ocupação”. Com essas palavras, pronunciadas por um porta-voz da guerrilha palestina, o Hamas libertou os primeiros reféns desde os ataques de 7 de outubro.
Conforme destacado no próprio pronunciamento, a libertação não se deu por causa de uma troca de reféns ou por causa da pressão do Estado de Israel. Na verdade, o Estado sionista não tomou nenhuma providência em defesa de seus cidadãos. E isso foi denunciado por uma das reféns, Yocheved Lifshitz, a primeira a falar em público. Lifshitz considerou um “pesadelo” o período em que esteve refém e culpou diretamente Israel por não ter tomado nenhuma providência.
Ao mesmo tempo, a refém revelou um dado surpreendente: ao contrário das mentiras veiculadas pela imprensa imperialista, os reféns do Hamas estão sendo tratados com bastante dignidade. Segundo ela, a alimentação dada aos reféns era a mesma que a dos guerrilheiros – pepino e queijo. Lifshitz não relatou ter sido torturada, nem abusada.
As declarações incontestáveis de uma pessoa sequestrada pelo Hamas vão totalmente na contramão da campanha de calúnias feita contra a resistência palestina, que acusa o Hamas e outras organizações de monstruosidades que nunca são comprovadas. Ao mesmo tempo, a mesma imprensa cínica se cala para as barbaridades praticadas por Israel.