No último domingo (22), ocorreram as eleições presidenciais argentinas. E o resultado foi surpreendente: Javier Milei, tido como grande favorito, ficou em segundo lugar, com 29,98%. Em sua frente, ficou o candidato peronista Sergio Massa, com 36,68% dos votos. A decisão agora seguirá para o segundo turno, quando será escolhido, definitivamente, o próximo mandatário argentino.
O que o desempenho eleitoral de Milei deixou claro é que havia uma clara tentativa de promovê-lo por parte dos institutos de pesquisa. Todas as pesquisas de intenção de voto erraram de maneira muito drástica – de forma semelhante ao que aconteceu em 2022 no Brasil, quando a burguesia procurava diminuir a votação dos candidatos bolsonaristas.
Levando em consideração que as pesquisas são, na verdade, amparadas pela imprensa capitalista, que corrobora com esses resultados e procura apresentá-los para a população como um retrato fiel da realidade, é óbvio que a grande imprensa está atuando ativamente para manipular o cenário eleitoral em favor de Milei. Isso, por sua vez, revela não que a vitória de Massa seria uma grande ameaça para o imperialismo, mas sim que a derrota de Milei seria um desastre para os seus planos futuros.
O imperialismo tem a necessidade de levar adiante uma política de ajuste fiscal muito dura na América Latina, e por isso é tão importante reforçar a autoridade de Javier Milei, um ultra-neoliberal capacho dos Estados Unidos.