Desde o início da operação Dilúvio de Al-Aqsa lançada pelo Hamas no dia 07 de outubro a fronteira entre o Líbano e “Israel” se tornou cada vez menos segura. No lado israelense muitas cidades e vilas estão sendo evacuadas. Já no lado libanês mais de 19.000 pessoas foram deslocadas internamente, de acordo com a agência de migração das Nações Unidas.
Eles disseram que a maioria dos deslocamentos ocorreu no sul do Líbano, embora algumas pessoas também tenham se deslocado de outras áreas. “Esperamos que os números aumentem à medida que as tensões transfronteiriças continuam”, disse o porta-voz da OIM, Mohammed Ali Abunajela, em um comunicado, conforme citado pela agência de notícias AFP.
Abunajela disse que o deslocamento de pessoas não está ajudando em uma situação já “deteriorada” no país. “Em meio a uma situação econômica em deterioração e ao significativo aumento da pobreza em todas as populações no Líbano, os deslocamentos internos podem acrescentar estresse adicional aos recursos das comunidades anfitriãs”. Muitos dos que fugiram do sul do Líbano se dirigiram para a cidade costeira de Tiro, que fica a 18 km (11 milhas) da fronteira.
Inaya Ezzeddine, uma legisladora de Tiro, disse que o movimento está colocando pressão sobre as famílias que acolhem os deslocados e sobre o governo de um país que enfrenta uma crise econômica. “Esta guerra está acontecendo em meio a uma crise econômica muito grande e as pessoas não têm provisões”, disse Ezzeddine à agência de notícias Reuters, acrescentando que cerca de 6.000 pessoas buscaram refúgio em Tiro e que três escolas foram usadas para abrigar algumas delas. “Não podemos abrir todas as escolas, porque as escolas ainda estão operando. Cada escola que abrimos [para os deslocados], estamos privando seus alunos de usá-la”, acrescentou.
A crise crescente dentro do Líbano de acordo com a imprensa imperialista joga contra o Hesbolá. No entanto, a crise pode muito bem fortalecer a posição de atacar “Israel”, considerado por uma enorme parcela da população os culpados pela crise.