Depois de mais de duas semanas de massacres intermináveis na Faixa de Gaza, bombardeios, chacinas, assassinatos e bloqueio de água, luz e outros insumos fundamentais para os moradores da Faixa de Gaza, o Estado sionista de Israel resolveu abrir um corredor humanitário para a entrada de ajuda, que se consubstanciou em 20 caminhões, apenas.
Nos termos do jornal Tehran Times, “Israel bombardeou a passagem nas primeiras horas da sua campanha de bombardeamentos contra a Faixa de Gaza, encerrando as operações na saída para viagens e comércio. Desde 7 de Outubro, Israel rejeitou obstinadamente todos os apelos à reabertura da passagem de Rafah, ao mesmo tempo que criou deliberadamente uma crise humanitária ao cortar o fluxo de água, combustível, alimentos e eletricidade para o enclave sitiado”.
Os feitos macabros de Israel na região estão sendo denunciados até mesmo pela Anistia Internacional, que disse, por meio de sua Secretária-Geral, Agnès Callamard, que “na sua intenção declarada de usar todos os meios para destruir o Hamas, as forças israelitas demonstraram um chocante desrespeito pelas vidas dos civis. Pulverizaram edifícios residenciais, rua após rua, matando civis em grande escala e destruindo infra-estruturas essenciais, enquanto novas restrições significam que Gaza está ficando rapidamente sem água, medicamentos, combustível e eletricidade. Testemunhos oculares e sobreviventes destacaram, repetidas vezes, como os ataques israelenses dizimaram famílias palestinas, causando tanta destruição que os familiares sobreviventes têm apenas escombros para recordarem os seus entes queridos”, afirmou Agnès Callamard, Secretária-Geral da Anistia Internacional.
E, diante disso, o que as forças militares de Israel permitiram foi a entrada de alguns caminhões de ajuda, sendo que muitos deles sequer possuíam combustível para a alimentação de geradores, já que a energia elétrica está cortada na faixa de Gaza. Na realidade, em poucos dias será possível registrar pessoas morrendo de fome, posto que o bloqueio geral à Faixa de Gaza já está chegando em mais de 10 dias.
O jornal Washington Post, por meio de Marc Garlasco, conselheiro militar da organização holandesa PAX for Peace, informou que Israel está jogando uma quantidade de bombas, em menos de uma semana, o que os EUA estavam jogando no Afeganistão em um ano, em um território muito menor e muito mais densamente povoado.
Por sua vez, o Tehran Times é um jornal iraniano fundado em 1979, e tem como lema ser a “voz da revolução islâmica”. É de se destacar que o Irã é um dos principais pontos de apoio da luta palestina e do Hamas. É o país que mais se colocou contra as medidas de Israel contra os palestinos e sua entrada no conflito é um dos aspectos mais preocupantes para Israel e o imperialismo de conjunto.
Foi neste país em que se deu uma das maiores manifestações em defesa do povo palestino, contra as medidas nazistas do Estado de Israel. Essas manifestações contra Israel, ocorrem quase que mensalmente no Irã.
Apesar de toda a atrocidade cometida por Israel/EUA contra os palestinos, a realidade é que não conseguiram conter até o presente momento a crise aberta pela ação dos Hamas e de outras organizações palestinas.
As manifestações de apoio à luta palestina se espalharam por todo globo e revelaram o aspecto verdadeiramente revolucionário da luta dos palestinos, e é justamente esse um dos maiores temores dos donos do mundo.