O imperialismo, essa fase violenta e caquética do capitalismo, tem várias ferramentas de exploração, muitas delas bem capciosas, disfarçadas, com tentáculos na direita, extrema-direita e até na esquerda, no seu setor pequeno-burguês.
Nesta quinta-feira, 19 de outubro, um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE), um grupo de 38 países, levantou uma série de alertas em relação à atuação do Brasil no combate à corrupção, uma velha e reacionária política hipócrita e corrupta! Para endurecer a ditadura da burguesia sobre a classe operária e a soberania nacional.
Lava-Jato, prisão em segunda instância, atuação da Procuradoria Geral da República fazem parte dos temas do relatório dessa instituição burguesa e pró-imperialismo que é a OCDE, para cujo grupo de países o Brasil manifestou interesse nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro, que desprezou o BRICS e enamorou essa organização. O governo Lula estuda o ingresso na organização com restrição.
Defendendo a Lava Jato, carro-chefe dessas organizações para destruir a indústria nacional e atacar as esquerdas, a OCDE elencou riscos no país no seu combate à corrupção, que, na verdade, é um falso combate, pois as próprias operações anticorrupção são corruptas e manipuladoras. O objetivo dessas operações para combater a corrupção é atacar a classe operária, os sindicatos e os partidos de esquerda, engessando assim qualquer plano de luta contra um regime em decomposição como é o atual neoliberalismo no contexto do capitalismo.
A entrada nessa organização preocupada com a política de combate a corrupção, quando, na verdade, era para denunciar o que fora feito contra as já cambaleantes instituições democráticas do país, é tida como “selo” para atrair investimentos estrangeiros, porém é preciso seguir diretrizes econômicas e institucionais, diretrizes essas que arruínam a economia local, aumentam o desemprego, encarecem os serviços essenciais, que perdem qualidade e obstaculiza qualquer projeto de desenvolvimento que venha trazer independência e desenvolvimento econômico para as nações pobres.
A OCDE apontou problemas no baixo índice de condenações, ignorando que no Brasil, milhares de cidadãos da classe operária estão encarcerados nas prisões infernais do País.
Ela se preocupou com o trânsito em julgado, sinalizando que deseja a prisão logo em primeira instância, o que geraria mais prisões para os pobres e a classe operária, como já ocorre atualmente.
Quanto à politização da PGR, a OCDE se preocupa com as interferências nos órgãos judiciários, preferindo deixar os promotores e juízes como intocáveis a serviço da burguesia. A mesma política de independência eles querem para o Ministério Público Federal, de modo a consolidar o poder judiciário como hegemônico na República brasileira. Promotores e juízes seguem sem serem eleitos, sem passarem por um mandato revogável, sem estarem sob o crivo do povo, interferindo nos outros poderes como uma aberração, e a OCDE agora se preocupa com um certo abalo nessa estrutura deformada.
Enfim, o imperialismo começa a agir para não deixar desestruturar essa arquitetura excludente, injusta e a serviço do poder da burguesia. Apesar de ainda estarem viciadas, mantendo o poder da elite nacional a serviço dos interesses dos grandes especuladores e capitalistas parasitas do globo, qualquer iniciativa que popularize e democratizar de fato essas instituições deixarão esses órgãos imperialistas desesperados.
É preciso manter a campanha de esclarecimentos para desmascarar essas falsas políticas em prol do combate à corrupção parra “fortalecer” a democracia, pois, na verdade, o que ocorre na prática é o inverso, é uma indecência que só irá prejudicar e acabar com os principais direitos democráticos conquistados a duras penas pelo povo.