O cinismo da imprensa imperialista é inacreditável. A sua capacidade de inventar mentiras para manipular a opinião pública é criminosa. Alguns dias atrás, esses meios de comunicação que não ligam a mínima para o genocídio que está em marcha na Palestina mostraram na prática como são capazes de qualquer coisa para manter seus cofres cheios.
A mentira do assassinato de 40 bebês pelo Hamas foi digno de uma cena de filme. Não se via outra manchete em todos os jornalões do planeta. “Terroristas do Hamas decapitaram 40 bebês” se espalhou como um rastilho de pólvora. No entanto, o próprio exército israelense – que provavelmente foi pego de surpresa – não sabia da tentativa de comoção por parte da imprensa venal para chocar o mundo e acabou desmentindo o falso crime.
“Vimos a notícia, mas não temos detalhes ou confirmação sobre isso”, declarou um porta-voz das forças sionistas à agência de notícias turca Anadolu (“Israeli army says it does not have ‘confirmation’ about allegations that ‘Hamas beheaded babies’“, Turgut Alp Boyraz, 10/10/2023).
Uma das primeiras histórias contadas pela imprensa sobre o conflito seria a de que encontraram 260 corpos na festa que acontecia próximo à Gaza no momento do bombardeio do Hamas. Corpos que até agora ninguém viu. Essas mentiras ficam fora de controle para justificar, aí sim, a verdade: Israel está matando indiscriminadamente crianças, mulheres, idosos e civis na faixa de Gaza.
Para essa imprensa canalha, a verdade está morta ou não existe. Por outro lado, o jornal Al Jazeera mostrou em uma reportagem publicada nessa quinta-feira (19) a realidade dos fatos. Realidade essa que nunca será contada pelos meios de comunicação ligados ao imperialismo e o Estado de Israel. “Até agora, pelo menos 1.400 pessoas foram mortas em Israel e quase 3.500 em Gaza, incluindo 1.030 crianças.”
O chefe de um hospital na Faixa de Gaza emitiu um apelo emocionado pedindo o fim do bombardeio de Israel contra Gaza após um ataque aéreo ter matado várias crianças.
“Olhe para essas crianças. Quem está matando estas crianças”, perguntou Yousef al-Akkad, diretor do Hospital Europeu de Gaza, na cidade de Khan Younis, no sul do país, atrás dos corpos enfaixados e ensanguentados das crianças.
Outro ponto que essa imprensa calhorda não toca e nem coloca em questão é o problema dos reféns. Segundo eles, o Hamas estaria fazendo refém cerca de 200 israelenses reféns. Mas nunca falaram que existem 19 prisões dentro de Israel e uma na Cisjordânia ocupada que abrigam prisioneiros palestinos. São um total de 5.200 palestinos reféns, dentre estes, 33 mulheres e 170 crianças.
Ou seja, de um lado, temos 40 crianças decapitadas pelo Hamas das quais não existe um único registro, um único nome, um único relato concreto. Não existe absolutamente nada, é uma farsa completa inventada pela ocupação nazista israelense para justificar a sua matança na Palestina.
Matança que, como apontado pela Al Jazeera, ceifou a vida de milhares de crianças. Dessas crianças, sim, não faltam registros macabros que deixam claro a vontade de Israel de varrer da face da terra todo e qualquer palestino.
