A campanha de mobilização e reivindicações dos trabalhadores da Petrobrás continua.
Após rejeitarem a segunda contraproposta de acordo coletivo da empresa, os petroleiros denunciam como a burguesia vem tomando conta do Sistema Petrobrás desde o golpe de Estado de 2016.
Após quase dez anos de perda de salário e benefícios dos trabalhadores, os sindicatos denunciam que diretores alinhados à política implantada durante o governo Bolsonaro resistem às mudanças como uma forma de manter os seus privilégios.
Em reunião de seus sindicatos, a Federação Única dos Petroleiros, a FUP, deliberou que a reconstrução do Sistema Petrobrás pós-golpe de Estado passa necessariamente pela reconstrução dos direitos dos trabalhadores da empresa, o retorno para os seus locais de origem de trabalhadores que foram compulsoriamente enviados para trabalhar em outros locais, a reposição salarial e o fim do afretamento de plataformas e navios.
Agora, seguindo o caminho de fortalecimento da categoria, as duas federações dos sindicatos da Petrobrás, FUP e FNP, seguirão um calendário conjunto de atividades e mobilização a nível nacional.
Dentre os pontos prioritários para os trabalhadores está o fortalecimento do seguro saúde do Sistema Petrobrás que foi amplamente desmontado pelos governos golpistas.
Estão previstas para acontecer paralisações conjuntas dos trabalhadores dos sindicatos das duas federações e em todas as unidades do Sistema Petrobrás nos dias 27/10 no refino e UTEs, 30/10 nas subsidiárias, 31/10 nas unidades administrativas e 01/11 no E&PP.
É uma ótima notícia que os petroleiros estejam se organizando de forma cada vez mais ampla. É preciso ampliar não apenas o número de trabalhadores empenhados nas reivindicações à empresa, mas também o número de mobilizações. É importantíssimo, inclusive, incluir a palavra de ordem do “Petróleo 100% Nacional”, bem como estimular a exploração do petróleo na margem equatorial que atualmente o Ministério do Meio Ambiente, encabeçado por Marina Silva, tenta sabotar.
Essa é uma forma de incluir toda a população junto às mobilizações encabeçadas por esta que é uma das categorias de trabalhadores mais importantes do País atualmente e com uma das missões mais importantes a cumprir, que é justamente lutar não apenas pela exploração do petróleo existente em nosso território, mas garantir que o dinheiro gerado pelo ouro negro brasileiro seja usado para melhorar as condições de vida do povo brasileiro, e não para engordar os bolsos de alguns sanguessugas estrangeiros apelidados de “investidores”.