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Defesa do meio ambiente?

ONG gasta apenas 11% de seus recursos com a “defesa do ambiente”

Presidente da CPI das ONGs afirma que o IPAM utiliza apenas 11% do dinheiro que recebe do Fundo Amazônia para realizar ações práticas referentes à preservação da floresta.

Apesar de não receber atenção devida por parte da imprensa burguesa, a CPI das ONGs continua revelando fatos no mínimo preocupantes, referentes a atuação dessas organizações no Brasil.

Nessa terça ocorreu o depoimento de André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Como se pode deduzir pelo nome, trata-se de uma organização que se propagandeia como defensora da Amazônia. Contudo, por seu relatório financeiro de 2022, constata-se que a maior parte de seu financiamento veio de países estrangeiros, seja de órgãos oficiais ou de outras ONGs:

Para variar, as informações prestadas pelas ONGs pecam pela falta de transparência. Nem nos demonstrativos financeiros e nem no respectivo sítio do IPAM é possível saber quem são exatamente seus financiadores estrangeiros.

É natural essa falta de transparência, especialmente no último período, em que vai sendo progressivamente revelado que as ONGs que dizem defender os interesses dos brasileiros, especialmente aqueles que dizem defender o meio-ambiente, são financiadas diretamente pelo imperialismo, seja através de órgãos estatais como embaixadas, seja através de ONGs, think tanks e fundações, como a Open Society Foundations, a Ford Foundation, o NED e outras.

Na sessão da CPI que ocorreu nessa terça (17), o presidente da comissão, senador Plínio Valério (PSDB – AM), afirmou que o IPAM utiliza apenas 11% do dinheiro que recebe do Fundo Amazônia para realizar ações práticas referentes à preservação da floresta.

Como se sabe, o tal Fundo Amazônia é, oficialmente, o fundo do governo brasileiro, que recebe recursos que deveriam ser destinados à preservação do meio-ambiente, em especial a floresta amazônica. Ocorre que grande parte dos recursos colocados nesse fundo advêm de países imperialistas, tais como França, Estados Unidos, Noruega e Alemanha. Os dois últimos são os principais doadores. Isto também já é notório.

Anteriormente, a CPI das ONGs chegou a expor que os recursos destinados ao Fundo Amazônia não são controlados pelo governo federal, como deveria ser, mas pelas ONGs às quais são destinados.

O IPAM é uma dessas ONGs, como informado acima.

Segundo Plínio Valério, em 2022 a organização recebera R$35 milhões dos recursos destinados ao fundo Amazônia, sendo que R$25 milhões advieram  de governos/entidades estrangeiras.

Ocorre que apenas R$6 milhões foram destinados à elaboração do projeto pelo qual o IPAM recebeu o financiamento. E, destes, apenas R$2,8 milhões foram aplicados ações práticas na suposta defesa do meio-ambiente.

A maior parte dos recursos foram gastos com consultorias, viagens e folha de pagamento de funcionários.

O já mencionado diretor-executivo do Ipam, André Guimarães, tentou justificar a disparidade:

“Já produzimos mais de 1.200 artigos científicos, publicados em quase todas as revistas importantes do mundo. É uma biblioteca de dados sobre a Amazônia, tudo de graça para o público do mundo todo. Uma produção de alto nível, que já gerou políticas públicas, onde abordamos os riscos e caminhos para a região”.

Um depoimento esclarecedor de uma das atividades ONGs, ser um think tank a serviço dos interesses imperialistas. Ou seja, produzir “ideias”, produzir relatórios com informações e conclusões que sirvam para justificar a política ambientalista do imperialismo. Quando tais relatórios não constituem uma falsificação da realidade, na melhor das hipóteses tiram conclusões enviesadas de informações reais.

No que diz respeito a estas (informações reais sobre a Amazônia), são repassadas abertamente ao imperialismo, que possui interesse em saquear os recursos naturais da floresta e de seu subsolo.

Ademais disto, Guimarães, ao tentar defender atividade no mínimo suspeita do IPAM, disse que grande parte dos recursos que foram gastos (R$25 milhões), destinou-se à execução de único projeto de assentamentos sustentáveis na Amazônia, projeto este que, segundo o direitor-executivo, teria beneficiado mais de 2 mil famílias da região, que virem sua renda aumentar em 135%.

A princípio pode parecer algo bom. Certamente trás melhorias imediatas a essas pessoas, caso a informação seja real. Mas, por trás disto, está mais um método de atuação do imperialismo através de suas ONGs.

Aproveitam-se da situação precária e miserável da população dos países oprimidos (situação esta criada pelo próprio imperialismo) e utilizam as organizações não-governamentais para repassar parte dos recursos para essa parcela da população. Mas apenas o suficiente para criar uma base social que as ONGs deverão mobilizar quando o imperialismo tiver necessidade de desatar um golpe de Estado.

Deve-se lembrar o Ipam tem como membro honorário a ministra do meio ambiente, Marina Silva, conforme consta de seu próprio sítio.

Não coincidentemente, Marina Silva, nas atribuições de seu cargo de ministra, vem sabotando o governo Lula diariamente, criando obstáculos e mais obstáculos por meio do IBAMA para impedir a exploração dos recursos naturais existentes no norte do país, em especial o petróleo.

Sobre isto, a CPI também denunciou que Marina Silva estaria facilitando a distribuição dos recursos do fundo Amazônia para as ONGs, abusando tanto de sua posição como ministra do meio ambiente, como de membro do Comitê Orientar do Fundo.

Assim, mais uma vez, fica claro que essas ONGs presentes na Amazônia não possuem o mínimo interesse em uma real preservação do meio ambiente. A preservação que defendem é apenas no sentido de manter os recursos naturais intactos para quando o imperialismo precisar deles, e para quando as condições objetivas para o saque estiveram dadas.  

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