Desde o ano passado, um setor da extrema-direita tem sido vítima de perseguição política promovida pelo juiz direitista do PSDB, Alexandre de Moraes e outros elementos do estado burguês, particularmente do STF. Toda essa perseguição, a qual sempre foi denunciada e criticada por este Diário e pelo Partido da Causa Operária, levou a extrema-direita a embarcar em uma campanha pela liberdade de expressão e, em alguns casos, de ataques ao que eles chamam “globalismo”, que seriam os setores mais poderosos da elite financeira e política do planeta.
Durante esse período, eles se colocaram como grandes defensores da liberdade de expressão, procurando demonstrar que uma parcela da esquerda (que estava efetivamente apoiando a censura) era inimiga dessa liberdade. Evidentemente a perseguição contra esse setor era real e precisava ser denunciada de forma enérgica, como fizemos a todo momento. No entanto, sempre colocamos que essa direita não era verdadeiramente defensora da liberdade de expressão, era tudo um mero jogo de cena para se aproveitarem bem do fato de estarem sendo vítimas de uma política criminosa do imperialismo.
Agora ficou evidente, com o agravamento da crise em Israel: toda a direita, que outrora se colocava como defensora das liberdades democráticas de todos, está numa política de perseguir e tentar calar seus adversários políticos. Isso sem falar no fato de que estão a reboque da política do imperialismo, ou seja, do “globalismo”.
São centenas de processos, tentativas de intimidação e ameaças, visando silenciar quaisquer pessoas que eventualmente apareçam defendendo posições que contrariem a vontade e os interesses dos sionistas. Um exemplo é a ameaça de morte que eu mesmo recebi, de autor anônimo, exigindo retratação por uma fala minha num ato pró-Palestina, em que reiterava a posição do partido de estar “1000% com o Hamas”.
As tentativas de silenciar são muitas. E o apoio quase automático a um dos regimes genocidas mais sanguinários do planeta demonstram qual a verdadeira face dos pseudo-patriotas: censuradores, ditadores e lambe-botas do imperialismo.