A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a exoneração do diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Lemos. Segundo informou o ministério, o diretor assumiu toda a responsabilidade pelo caso escatológico da dancinha erótica em evento da semana passada, durante o 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde.
O episódio está sendo exaustivamente exploro pela oposição direitista. Trata-se de um vídeo do evento, em que uma mulher aparece dançando com a calcinha enfiada entre as nádegas, um barulho chamado “Batcu”. Ela rebola enquanto uma pessoa repete a palavra “batcu”.
É claro que a direita faria muito escândalo com o caso, como de fato está fazendo.
O que chama a atenção mesmo é a ação cada vez mais constante de um setor identitário dentro do governo, com ações totalmente desmoralizantes.
Apenas para citar dois casos recente, há o comentário infeliz da agora ex-assessora de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, Marcelle Decothé, que em sua rede social atacou a população do estado de São Paulo e toda a torcida do São Paulo, generalizando e dizendo tratar-se de “europeus safades”. A declaração rendeu a demissão da assessora, mas garantiu ao governo uma enorme propaganda negativa.
Também pouco tempo atrás, o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, ao publicar cartilha aconselhando escolas a disponibilizarem um banheiro unissex, acabou dando muito munição para a direita.
Esses foram os casos mais recentes. Mas há outros. O que esses episódios estão mostrando muito claramente é aquilo que já havia ficado claro logo no início do mandato de Lula. O identitarismo é uma infiltração direitista no governo, infiltração impulsionada pelo imperialismo.
Dá para perceber, nos três casos, que o governo não tem o controle do que acontece, abrindo a brecha para acontecimentos como esses.
O caso da dancinha bizarra é muito significativo pois não há a menor justificativa para tal. Não há nenhuma explicação normal para se ter uma dança como essa num evento do Ministério da Saúde. Se aconteceu, é porque a situação está totalmente descontrolada, com esses identitários fazendo o que querem. Lula não pode permitir isso.
O caso da dancinha, de tão ostensivo, passa mesmo a impressão de se tratar de uma sabotagem interna consciente por parte desses setores.
Não vamos esquecer, ainda, da ação do ministério de Marina Silva. Essa, sim, sob o pretexto da ecologia, está sabotando a exploração de petróleo no Brasil.