A categoria bancária está passando por enormes dificuldades, resultado da política reacionária dos banqueiros de ataques aos direitos e conquistas dos bancários, com a política de arrocho salarial, demissão em massa, privatizações, terceirizações, falta de pessoal, assédio moral, ataque aos fundos de pensões e os planos de saúde, ou seja, um conjunto de medidas que vêm aprofundando a piora da situação de vida dos bancários e suas família.
Enquanto que os banqueiros, parasitas, nacionais e internacionais enchem os tubos de dinheiro, mais de 15 mil bancários, em 2022, perderam os seus empregos. Além disso, a categoria sofre um arrocho salarial comparável, apenas, no famigerado governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na década de 1990, quando os bancários amargaram um congelamento salarial por oito anos, o que levou a categoria ter uma perda salarial de cerca de 80%. Ou seja, para que o bancário recomponha os seus níveis salariais, antes do governo de FHC, deveriam ter um reajuste, que, no mínimo, dobrasse os seus vencimentos.
Na Campanha Salarial – que agora passou a ser bimestral – 2022/2023, os bancários terão os seus salários reajustados em míseros 0,5% de “ganho real”, sendo que esse reajuste não cobre nem a inflação desse período de dois anos. Isso sem falar nos direitos dos trabalhadores que estão todos sendo liquidados pelas instituições golpistas (Legislativo e Judiciário), um ataque às já precárias condições de vida dos trabalhadores e da população em geral. A política econômica dos governos golpistas anteriores ao governo Lula, representantes diretos dos grandes banqueiros nacionais e internacionais e do imperialismo, implantou uma política reacionária que afetou diretamente a categoria bancária, como foi, por exemplo, com o fim da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), terceirizações indiscriminadas, fim da aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres, prevalência do negociado sobre o legislado etc. Um rol de medidas que vêm transformando os trabalhadores em verdadeiros escravos.
Diante dessas condições, a única saída para os bancários é armar os trabalhadores para impulsionar uma campanha salarial de emergência, com o único instrumento que pode barrar a ofensiva reacionária dos patrões. Esses são seus métodos tradicionais de luta. Organizar congressos, plenárias, assembleias, do conjunto da categoria e preparar a organização de toda a categoria bancária, mobilizar para derrotar os banqueiros e tubarões capitalistas, inimigos do povo e da classe trabalhadora. Exigir das direções sindicais que implementem a formação de Comitês de Luta em cada local de trabalho, eleitos pela base da categoria, no sentido de organizar os trabalhadores em todos os setores para lutar pelos seus direitos e conquistas.
É preciso dar um basta a toda essa situação, é preciso lutar pelo que é de direito da categoria bancária. Mais do que nunca, é mais que urgente e necessária uma Campanha Salarial de Emergência que, pela mobilização dos bancários e luta unitária, de todos, do conjunto da categoria, quebre o arrocho e barre a política de demissões, que hoje assola os trabalhadores bancários.