Após um dia de paralisação, as direções dos sindicatos dos operários do Metrô, da CPTM e da Sabesp encerraram a greve conjunta das categorias contra as privatizações prometidas pelo governador bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Embora a mobilização tenha causado transtornos consideráveis na capital paulista (como uma boa greve deve fazer), a duração de apenas um dia não mudou em nada a determinação do Palácio dos Bandeirantes, que planeja a liquidação dos serviços públicos no estado mais rico do País.
“Dizem que são contra as privatizações. Mas quais são as linhas que estão funcionando hoje? Aquelas concedidas à iniciativa privada. Isso mostra que estamos na direção certa, que temos, sim, que estudar (as privatizações)” disse o governador, reforçando sua política entreguista.
No último dia 2, a Lei Orçamentária Anual elaborada por Freitas prevê a receita oriunda da privatização da Sabesp, o que ainda precisa do aval da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Os trabalhadores devem retomar a paralisação à revelia do que determinar a justiça golpista, até dispor de garantias concretas não apenas do cancelamento das privatizações, como também da reestatização das partes do serviço de transporte sobre trilhos e saneamento básico entregues ao parasitismo dos grandes capitalistas.