Protestos pela reestatização marcaram o aniversário de 70 anos da Petrobrás (3/10). As atividades organizadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos, como o ato em defesa da soberania no centro do Rio de Janeiro, com passeata, se deram também em diversas regiões do País.
Sobre o ato do Rio, o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar (na foto à direita), destacou que “simboliza a retomada das ruas nesse governo do presidente de Lula, porque a gente precisa cumprir o nosso papel de sindicatos e de movimentos sociais, pressionando o governo à esquerda para que o seu programa, que foi aprovado pela população nas urnas, seja colocado em prática”.
Um passo limitado
Dias antes, a Petrobrás anunciou que vai iniciar neste mês a perfuração de dois poços exploratórios da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira, depois que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) liberou a licença ambiental.
A liberação sinaliza um pequeno recuo da ala da posição do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva (Rede), contra a exploração do petróleo da Margem Equatorial.
O próprio presidente da Cia., Jean Prates, salientou que a licença da Bacia Potiguar, primeira a ser liberada, foi a última na lista de prioridades da Petrobrás.
Em toda a Margem Equatorial, estima-se que possam existir reservas de até 30 bilhões de barris de petróleo.
Um crime contra o País
A posição contra a exploração do petróleo representa um tremendo “freio” na política de desenvolvimento nacional.
Na vizinha Guiana, há cerca de 500 km do Amapá, a norte-americana, Exxon Mobil, está explorando petróleo e já certificou a existência de 11 bilhões de barris. Só no ano passado, o PIB daquele país cresceu 48%.
A política da ministra Marina Silva e demais setores pró-imperialistas, contra a exploração desse “tesouro”, serve aos interesses dos abutres internacionais, que gostariam que o petróleo ficasse lá até que as petrolíferas estrangeiras viessem roubar toda essa imensa riqueza.
Enquanto isso, a maioria da população das regiões Norte e Nordeste, sobrevive na miséria, passa fome e depende do bolsa-família.
Para reverter essa situação, é preciso ampliar, e muito, mobilização do povo trabalhador e de suas organizações de luta, construindo em todo o País, comitês de luta e sair às ruas pela nacionalização do petróleo, reestatização da Petrobrás, sob o controle dos trabalhadores e exploração de 100% do petróleo da margem Equatorial em favor dos interesses do povo brasileiro.