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CPI das ONGs

Região do Rio Negro está dominada pelas ONGs

Depoimento de diretores de ONGs na CPI, escanca a infiltração do imperialismo em território nacional para roubar riquezas e barrar o desenvolvimento do país

Nesta terça-feira (3) a CPI das ONGs no Senado ouviu o diretor do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), Eduardo Ditt. O presidente da CPI, Plínio Valério (PSDB-AM), questionou a atuação dessa ONG no estabelecimento de corredores ecológicos no Rio Negro, no estado Amazonas. O Rio Negro é uma das regiões que se encontra o maior número e quantidade de minérios concentrados no mundo. 

Com a desculpa de “mitigar o aquecimento global”, a região é controlada pelo IPE, com perguntas muito simples foi fácil perceber que esta é mais uma fachada, para controle territorial e de minerais na Amazônia, de fora do país. Vai ficando cada vez mais claro a intervenção do imperialismo na região quando vemos os financiadores dessa instituição. O diretor informou que a ONG recebeu R$ 110 milhões desde 2018, sendo 49% vindo de órgãos estrangeiros.

“Não há estudos sobre projetos no Madeira, Juruá, Purus, Tapajós… só tem no Rio Negro. Porque é lá que estão os minérios, as riquezas naturais. Eles precisam isolar isso. Nessas outras regiões não tem nióbio, ouro, diamantes. O Rio Negro é a região mais rica do planeta! 96% das reservas mundiais de nióbio. Também não tem a atuação dessas ONGs no Ceará, Paraíba ou mesmo regiões amazônicas sem riquezas naturais.” – apontou Plínio.

Citando um relatório feito pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o presidente da CPI, questionou os valores recebidos de agências estrangeiras para financiamento da ONG. Como, por exemplo, o Usaid (United States Agency for International Development), vinculado ao governo dos Estados Unidos. Nos números apresentados pela ONG, consta também um financiamento específico de R$ 45 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O depoimento de Ditt, ficou um pouco mais tenso quando se falou em ecoturismo na região. Segundo o diretor do IPE, a região do Rio Negro “não precisa de contrução de estradas”. O presidente da CPI então mostrou um vídeo onde um indigena passa dias dentro de uma canoa para ir até a cidade que é 16km de onde ele é sua morada para receber o Bolsa Família. “É uma saga onde os kuripako descem nove cachoeiras, depois são obrigados a subir as nove cachoeiras para receberem o Bolsa-Família. Uma estrada de 16 Km acabaria com essas cenas dantescas.” completou Plínio.

O relator da CPI, o senador Márcio Bittar, levantou a questão da suposta preocupação de países ricos com a poluição do meio ambiente. Bittar afirma que países poluidores como Noruega, Alemanha e Inglaterra, quando investem esse dinheiro no Brasil com a desculpa de proteção não passam de demagogia pura. “Não é imoral receber esse dinheiro de um país que vive da queima de combustíveis fósseis? E a Noruega não dá nenhum sinal de que vai diminuir suas emissões, muito pelo contrário, continuam concedendo novas licenças de exploração. A Noruega sozinha polui muito mais que a Amazônia inteira, e as ONGs não falam nada! Claro, quem paga manda “. – criticou o relator.

Outro ponto de discussão que foi levado em consideração durante o depoimento é a questão do desenvolvimento da região. Como este Diário já denuncia a muito tempo, e que também é tema de dúvida e questionamento dos dois senadores, seria porque essas ONGs que estão na Amazônia vivem barrando projetos, como a construção de hidrelétricas, estradas, pontes, entre outros. Para o presidente e o relator da CPI o chamado “desenvolvimento sustentável” só tem gerado pobreza e miséria para a região. 

Para Bittar: “Essas ONGs são sustentadas pelos maiores poluidores do planeta. E em nome da sustentação ambiental, criamos reservas e abrimos mão de explorarmos petróleo, ouro, minérios, nióbio, e damos em troca bolsas de R$ 200 pra população. Isso é uma vergonha! A Amazônia está engessada, e os indígenas se sentem enganados pelo Estado brasileiro. Eles hoje se sentem vigias, não donos das reservas, pois não podem explorar nada.”

Em relação ao acesso a esses a essas regiões já estamos diante de uma afronta total à soberania nacional. Certos locais essas organizações tomam de conta e não deixam até mesmo brasileiros entrarem. Para além da CPI é preciso uma grande mobilização popular para colocar para fora do país esses sabotadores, funcionários do imperialismo em solo nacional, levando riquezas do nosso povo para países e empresas estrangeiras a troco de banana.  

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