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Hoje na história

04/10/1993: 30 anos do golpe do neoliberalismo na URSS

O golpe de Estado que possibilitou que o grupe de criminosos liderados por Boris Yeltsin que assaltaram a Rússia

No dia 4 de julho de 1993, o exército russo, sob o comando do então presidente Boris Yeltsin, bombardeava, em meio conflitos de rua, a Casa Branca em Moscou, sede do parlamento russo. Fora o ponto culminante da chamada crise constitucional russa, que não foi outra coisa que um golpe de Estado perpetrado por uma ala da ex-burocracia soviética que se colocou a realizar a política neoliberal do imperialismo de maneira radical.

Após a queda da URSS em 1991, Boris Yeltsin, presidente da Federação Russa, assume cada vez mais poderes extraordinários, governando, muitas vezes por decreto, e aplica uma política de choque neoliberal na economia russa. As transformações econômicas, as quais são uma destruição em ritmo acelerado de tudo que restou do antigo estado operário russo, encontram um freio no Congresso dos deputados do povo e no Soviete Supremo, isso é o parlamento russo.

O impasse escala e Yéltsin, numa manobra proibida pela constituição vigente, antecipa as eleições parlamentares e em 21 de setembro de 1993 dissolve o parlamento. O Soviete Supremo, presidido por Ruslan Khasbulatov, responde com o impeachment do presidente, declarando o vice-presidente Alexander Rutskoy como presidente interino. O impasse político, transformou-se rapidamente em conflito armado. Membros do parlamento ocuparam o edifício da Casa Branca, enquanto manifestantes pró-parlamento protestavam nas ruas e se batiam com a polícia. O exército declarou, a pedido de Boris, aparente neutralidade, foram 10 dias de conflitos e manifestações.

No dia 3 de outubro, manifestantes invadiram a sede da prefeitura e tentaram tomar centro de televisão Ostankino. No dia seguinte, o exército rompe a aparente neutralidade e ataca o prédio do parlamento e prende seus líderes, terminando assim a crise com a vitória do grupo de Yeltsin, verdadeiros serviçais do imperialismo. Estima-se que mais de uma centena de pessoas tenham morrido nestes confrontos, além de centenas que ficaram feridas.

Logo após a consolidação do golpe, Yéltsin, estabelece uma verdadeira ditadura no país, com medidas que vão desde a proibição de partidos e grupos de esquerda e/ou nacionalistas, e fechamentos de órgãos de esquerda, como o tradicional Pravda. Em dezembro aprova-se uma nova constituição, com um sistema duplo, presidencialismo-parlamento, no entanto, com poderes concentrados na figura do presidente, além da consolidação de instituições neoliberais, como Banco Central independente. No entanto, as eleições para o parlamento atraíram o rechaço popular pela medidas neoliberais e mesmo em novas condições, Yeltisn enfrentou oposição do parlamento para realizar uma política neoliberal radical.

A luta travou-se entre dois setores da ex-burocracia soviética, de um lado os vendidos ao imperialismo que queriam um choque neoliberal violento de uma vez na economia russa e de outro, os que, no mesmo sentido neoliberal, procuravam realizar as transformações de maneira lenta e controlada. Faltou o partido revolucionário para apresentar uma saída para a crise.

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