No dia 1º de outubro de 2023, entrou no ar mais uma edição da TV Mulheres, que chegou ao número 179, o tradicional programa dominical da Causa Operária TV, cujo lema é trazer assuntos de interesse da mulher do povo, o que, finalmente, diz respeito também ao povo, já que a população feminina representa mais da metade da população brasileira. TV Mulheres é apresentado por membros do Coletivo Rosa Luxemburgo, coletivo de mulheres do Partido da Causa Operária (PCO) e de outras pessoas interessadas. Apresentado por Stefania Robustelli e Silvia Mendes, o programa teve como destaque o Ato da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, mas abordou também os banheiros unissex propostos por Silvio Almeida e risco de extinção do direito ao aborto no Chile e também na Argentina, com ascensão de Javier Milei.
Com a convocação nacional, o Ato de Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto aconteceu no dia 28 de setembro, quinta-feira. Em São Paulo, o ato foi agendado na Avenida Paulista, na altura do MASP. O ato em São Paulo tinha forte característica identitária, com gritos de guerra que lembrava mais os atos de Marcha das Vadias. Com presença de membros de partidos políticos como PSOL, o ato tinha forte característica de presença de ONGs patrocinados pelo imperialismo, cujo objetivo é causar incômodo e fortalecer o grupo tradicional, contra o aborto. A luta pela descriminalização do aborto é uma luta contra a legislação, que determina com uma canetada o destino de milhares de povo. A luta pela descriminalização do aborto não é luta contra o patriarcado, como o ato estava gritando em alto-falante.
Outro tópico apontado no programa era sobre a Resolução n.º2, de 19 de setembro de 2023, de Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania/Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Trans, Queers, Intersexos, que “Estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas travestis, mulheres e homens transexuais, e pessoas transmasculinas e não binárias – e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais – nos sistemas e instituições de ensino, formulando orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização.”
O último tópico tratado foi o risco de extinção de direito ao aborto no Chile e na Argentina com a ascensão da extrema-direita nesses países. No Chile, o aborto quando há risco de vida da gestante, estupro e inviabilidade fetal foi aprovado em 2017. Atualmente, porém, o Congresso chileno composto por uma maioria de direita, defensores da política “pró-vida” ameaçam os direitos das mulheres, proibindo qualquer tipo de interrupção de gravidez. Já na Argentina, país que aprovou o aborto em todos os casos até 14 semana da gestação em 2020, com a ascensão candidato presidencial de extrema-direita Javier Milei, que declarou em sua conta de Twitter, atual X, como sendo pró-vida. Ou seja, o direito adquirido na Argentina após muitas lutas, com uma canetada pode deixar de existir.
O Rosa, além da TV Mulheres tem a publicação mensal, a revista Mulheres e conta com uma reunião semanal, geralmente aos sábados. A reunião é regional, e caso tenha interesse em participar da reunião ou adquirir alguma edição da revista, ou mesmo fazer assinatura, basta entrar em contato com o telefone (011) 93403-2386 ou mulheres.pco@gmail.com.
O programa em íntegra pode ser acessado por aqui: