As coisas na terra do tio Sam andam de mal a pior. Além da recente greve ocorrida no setor automobilístico, o funcionalismo público está prestes a paralisar. Na quinta passada (28), os servidores foram notificados oficialmente sobre a falta de fundos do Estado federal para efetuar o pagamento por seus serviços. A possibilidade de os funcionários ficarem em situação de desemprego temporário ou sem receber salários é iminente.
Para evitar essa paralisação seria necessário que o Congresso chegasse a um acordo sobre o estabelecimento de uma nova lei orçamentária, o que não parece que irá acontecer. Tanto os funcionários do governo federal quanto os militares já vêm sendo preparados há dias para esse “shutdown”, que, como consequência, poderá afetar o tráfego aéreo e promover o fechamento de espaços e de repartições públicas.
A ausência de um acordo na Câmara resultará na paralisação, aprofundando ainda mais a crise na economia. Paralelamente, há outros conflitos acontecendo no país. Além da greve no setor automotivo que, a cada dia, ganha mais e mais adesão, há também a recente greve de atores, produtores e trabalhadores de Holywood, depois de mais de 30 anos. Ademais, a taxa de juros e a inflação são as maiores nas últimas quatro décadas no país. Para piorar ainda mais esse cenário catastrófico, o salário médio caiu e o desemprego aumentou significativamente.
Nos últimos tempos, após a pandemia, os cidadãos têm assistido à falência de bancos, como, por exemplo, Silicon Valley e First Republic, da Califórnia, e o Signature Bank, de Nova York. Mesmo com toda essa situação de crise, o imperialismo norte-americano insiste no apoio à guerra na Ucrânia e sinaliza a possibilidade de aprovar um pacote de aproximadamente 24 bilhões. A esse respeito, há um impasse importante na Câmara dos Representantes. Os partidários ligados ao ex-presidente, Donald Trump, não aprovam quaisquer ajudas financeiras à Ucrânia, contrariando a Casa Branca. Como se vê, os conflitos não são somente de ordem econômica, mas também política.
Com todos esses acontecimentos, os Estados Unidos perdem cada vez mais influência sobre os países atrasados e tudo indica que a crise dentro do próprio país deve aumentar com novas greves despontando por aí.