Conforme relato da RT a Polskie Elektrownie Jadrowe (PEJ), estatal ligada à geração de energia nuclear do país, anunciou no último dia 4 um contrato com a Westinghouse Electric Company e a Bechtel, empresas americanas contratadas para construção da primeira usina nuclear do país. O contrato prevê a construção de 3 reatores nucleares, planejados para serem entregues em 2026, com produção de energia prevista para 2033.
O contrato está fundamentado no financiamento externo, ou seja, por bancos norte-americanos e prevê que até 2040, pelo menos 6 unidades de reatores AP1000, bem como o ajuste da tecnologia AP1000 para atender as necessidades do país. Mas ambição pela energia limpa não para por aí.
A Polônia firmou também parcerias com as empresas ZE PAK, a Polska Grupa Energetyczna e a Korea Hydro & Nuclear Power, buscando apoio ao projeto da central nuclear em Patnow, no centro da Polônia, que analisam a possibilidade de construção de reatores APR1400, oriundos da Coreia do Sul. Outra empresa, a Orlen Synthos Green Energy anunciou a análise de dezenas de possíveis locais na Polônia para construção de reatores modulares BWRX-300 da GE Hitachi.
O projeto, bastante ambicioso em relação a suposta energia limpa, destoa da atual posição polonesa de parar o envio de armas à Ucrânia e dobrar o investimento nacional no armamento militar polonês para 4% do PIB. O governo polonês em recente conflito com a gestão ucraniana decidiu boicotar o comércio de grãos da Ucrânia na Polônia e atualmente segue uma política de armar-se até os dentes, bem como mobilizar grandes contingentes militares para paradas militares. A energia limpa, como tem sido relatado pelos chefes das empresas de energia nuclear americanas e polonesas, bem como pelos líderes do imperialismo na Polônia, pode ser cortina de fumaça para a escalada na guerra contra a Rússia.