Nessa terça-feira (18), realizou-se a assembleia dos trabalhadores do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia, que aprovou o protocolo de entendimento sobre as demissões (demissões essas que a direção do banco vem tentando, a todo custo, realizar), em audiência de conciliação ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) que ocorreu no dia 12 de setembro.
Ficou aprovado por unanimidade na assembleia dos bancários do Quadro de Apoio o protocolo onde prevê que, se houver 80% de adesões de desligamento com as vantagens previstas até dezembro deste ano, “haverá a desistência da atual ação e todo o processo deverá ser reiniciado, obrigando o Banco a refazer estudos sobre o Quadro de apoio remanescentes. Caso esse percentual não seja atingido, as ações judiciais seguirão, o mandado de segurança do Basa poderá ir a julgamento e a luta das entidades sindicais continuará em defesa do emprego público dentro da instituição” (Fetec/CUT/cn, 21/9/2023).
“O documento apresenta uma meta de saída de 80% dos trabalhadores do Q.A., até dezembro, caso os trabalhadores decidam pelo não aceite da proposta e por continuar no banco, a luta continuará na justiça e nas ruas” (AEBA 18/9/2023).
Mesmo depois da posse de um novo presidente do Banco da Amazônia e consequentemente a saída da direção bolsonarista à frente da empresa, a atual gestão do banco insiste nas demissões e, desta vez, tenta fazer através do judiciário.
Os trabalhadores do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia (Basa) estão amargando uma verdadeira perseguição em relação à manutenção dos seus empregos. Desde setembro de 2021, a direção do banco está tentando jogar no olho da rua 145 pais de famílias. Esses trabalhadores estão mobilizados, a fim de impedir esse ataque às suas já precárias condições de vida, desde que se aventou a possibilidade de demissões.
Os companheiros do Quadro de Apoio do Basa é um setor já ultra esmagado pela empresa, com os menores salários entre os bancos federais, metade dos empregados não possuem plano de saúde, o qual também não é patrocinado pelo banco, a maioria não possui plano de previdência complementar e os que têm estão em litígio na justiça, ou seja, uma série de direitos que não estão sendo garantidos pela direção da empresa e, nesses dois últimos anos estão com a faca no pescoço sofrendo como o risco de demissão.
É preciso barrar a ofensiva reacionária da direção do Basa e aprofundar a luta, levantando uma ampla mobilização que unifique os bancários contra a política de demissão em massa na categoria bancária.