Na noite da última sexta-feira (15/09), a cidade de Nova York foi surpreendida com um show de drones numa suposta defesa da Floresta Amazônica. Com a utilização de mais de mil drones, os céus da cidade mostraram imagens de animais e arvores da Amazonia e palavras de ordem em defesa da floresta e contra as mudanças climáticas. Uma frase de efeito também foi vista como “Amazônia queima, o mundo queima”.
O “show” de luzes foi organizado por ativistas financiados por grandes monopólios econômicos após o evento ‘SDGs in Brazil’, ligado ao Pacto Global, que ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse evento é o maior encontro de grandes monopólios do imperialismo com o tema de sustentabilidade. As práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) têm sido utilizadas pelos monopólios ligados ao imperialismo nos últimos anos. Para se ter uma ideia, as organizações Globo, Greenpeace e outras empresas e ONGs ligadas ao imperialismo fazem parte desse “Pacto Global”.
O enorme show com os drones foi apresentação do DJ brasileiro Alok, justamente dias antes do programado discurso do presidente Lula (PT) durante a 78ª Assembleia-Geral da ONU, e a imprensa burguesa brasileira repercutiu com grande destaque Assim como a campanha do imperialismo para Lula indicar uma ministra negra ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde bancou a campanha em “outdoors” nas ruas da Índia onde ocorria a Cúpula do G20 e em propaganda na badalada e cara Times Square, e financiamento de artistas renomados para a campanha, tenta-se pressionar o presidente brasileiro para mudar sua postura em relação a Amazônia brasileira. Não na questão de proteção ambiental, mas para impedir o desenvolvimento e a soberania brasileira sobre a região.
Há uma pressão do imperialismo para que não seja explorada as riquezas, em particular minerais, da Amazônia por empresas brasileiras (principalmente estatais como a Petrobrás) e que não haja obras de infraestrutura para integrar essa enorme porção do território brasileiro ao restante do país.
Lula tem posição oposta ao imperialismo
Apesar de muitas pessoas e organizações criticarem o espaço cedido do governo Lula a uma ala muito próxima do imperialismo, como Marina Silva e Sônia Guajajara, nas suas declarações e na prática, Lula faz uma política que se opõe a esses setores. Lula defende a posição de que não é favorável a destruição dos recursos naturais, mas se coloca de maneira diametralmente oposta de transformar a Amazônia num enorme “santuário ecológico”.
“A transição ecológica não pode se basear na exploração predatória dos recursos naturais nem justificar novos protecionismos. Em suma, não pode servir de fachada para o neocolonialismo. A descarbonização não deve aprofundar a desigualdade entre os países”, disse Lula. Na Cúpula da Amazônia, Lula disse que “não podemos aceitar um neocolonialismo verde que, sob o pretexto de proteger o meio ambiente, impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias e desconsidera nossos marcos normativos e políticas domésticas”.
“O que precisamos para dar um salto de qualidade é de financiamento de longo prazo e sem condicionalidades para projetos de infraestrutura e industrialização verdes”, completou. Essas afirmações de Lula evidenciam a política do imperialismo de atacar os países explorados com discurso ambiental para que impeça o desenvolvimento econômico e que os recursos naturais fiquem nas mãos de seus monopólios.
A questão ambiental na Amazônia para favorecer o imperialismo
Essa campanha demagógica e cara realizada pelo imperialismo e seus lacaios para pressionar Lula na ONU tem apenas um objetivo principal: impedir o desenvolvimento e integração de 50% do país. Isso porque o Brasil tem uma importância econômica e política muito grande no mundo, além de uma vasta capacidade de se desenvolver economicamente, tendo ainda mais recursos naturais para exploração como petróleo, minérios, terras agricultáveis, entre muitos outros que poderiam elevar ainda mais a importância do país e sua influência, principalmente se esses recursos naturais e as gigantescas obras de infraestrutura forem realizadas por empresas nacionais e estatais, porque a riqueza gerada ficaria no país e melhoraria substancialmente a vida da população.
Esse desenvolvimento não é de interesse do imperialismo, que apenas quer rapinar essas riquezas e que o Brasil continue sendo um país exportador de matérias-primas. Não é por acaso que esses monopólios se utilizam dessa ferramenta da ONU para justificar a exploração de países e contra empresas e pessoas de países pobres. Financiam artistas, movimentos identitários, partidos políticos e organizações não-governamentais para fazerem campanha contra governos nacionalistas. E um alvo principal é o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
É preciso denunciar essa campanha suja e sorrateira do imperialismo e suas ONGs contra as políticas desenvolvimentistas do Brasil.