Processos administrativos

Professores da UFPE protestam contra política de censura

Évson Malaquias está há dois meses sem receber salário

Na tarde de ontem (13), professores organizaram uma manifestação para denunciar as perseguições ao corpo docente da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O caso mais dramático é o de Évson Malaquias, Professor Titular do Departamento de Administração Escolar e Planejamento Educacional (DAEPE) do Centro de Educação da UFPE.

Malaquias, que organizou uma aula pública durante a manifestação, está há dois meses sem salário. A punição é apenas parte de uma série de sanções que vêm sendo aplicadas pela burocracia da Universidade há dois anos.

Tudo começou quando Évson Malaquias decidiu questionar o nome do auditório do Centro de Educação, que carrega uma homenagem a Carlos Maciel, um homem da ditadura militar, O professor tentou mobilizar a comunidade acadêmica para mudar o nome do auditório e, desde aí, vem sofrendo sindicâncias e processos administrativos.

Professor que tentou mudar nome de auditório na UFPE é punido com dois  meses sem salário - Marco Zero Conteúdo

Conforme denunciado pelo próprio Évson, os processos são “kafkianos”, completamente injustificados. O professor apelidou sua sindicância de “Lava Jato da UFPE”, dado o fato de que, assim como no caso da operação que levou Lula à cadeia, a defesa de Lula não teve acesso a várias partes do processo.

A professora Karina Valença, que também pertence ao Centro de Educação, foi vítima de um processo administrativo recente. Ela esteve no ato e denunciou a “onda de perseguições” na Universidade. A nosso Diário, Karina explicou, indignada, que foi processada por “calúnia e difamação” por suas críticas ao departamento do qual faz parte. “Desde quando a universidade chora, fica ofendida, para ser caluniada?”.

O Partido da Causa Operária participou da manifestação.

Em seu discurso, Évson Malaquias agradeceu especialmente ao Partido. O professor lembrou que o PCO colocou seus órgãos de imprensa parceiros à disposição e repercutiu as denúncias de Évson em um momento “difícil, de isolamento”. Évson Malaquias foi entrevistado pela Rádio Causa Operária e pela Rádio Curitiba em duas oportunidades. Em uma delas, a burocracia da UFPE extraiu trechos para incluir nos processos contra o professor, acusando-o de expor os processos internos ao público.

Representando o PCO, Victor Assis creditou a perseguição a Évson ao golpe de Estado de 2016. “Desde então, o regime político vem se fechando cada vez mais”. O militante do PCO destacou que a esquerda não pode compactuar com a censura sob nenhum pretexto e que era necessário mobilizar os estudantes e professores pelo fim das perseguições.

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