No quarto dia desde o terremoto mais forte em um século no Marrocos, muitos locais ainda não foram atendidos pelas equipes de resgate. Ocorrido no último dia 8, o abalo sísmico teve magnitude 6,8, sendo sentido até em Portugal, há mais de 1,18 mil km de distância. Oficialmente, 2.862 pessoas morreram, mas é consenso que o número deve aumentar ainda mais.
“As autoridades estão se concentrando nas comunidades maiores e não nos vilarejos remotos que foram os mais afetados”, disse Hamid Ait Bouyali, entrevistado pela equipe da agência de notícias Reuters no local. “Há alguns vilarejos que ainda têm mortos enterrados sob os escombros.” (“Número de mortos em terremoto no Marrocos deve subir, resgate ainda não chegou a alguns locais remotos”, Alexander Cornwell, Jihed Abidellaoui, Ahmed Eljechtimi, Reuters, 12/9/2023).
Outro entrevistado destaca que além dos escombros, as populações das regiões mais atingidas, no interior do país, podem também estar sofrendo por consequências como a fome: “Eles [os camponeses atingidos] não têm nada e as pessoas estão morrendo de fome”, disse à reportagem de Reuters Brahim Daldali, que saiu de Marrakesh para auxiliar os moradores de Talat N’Yaaqoub, cidade mais castigada pelo terremoto.