Pelo menos 4,5 mil pessoas estão desabrigadas no Rio Grande do Sul e 27 morreram desde o início da passagem do ciclone extratropical, que castiga o estado desde o último dia 4. A cidade de Muçum, no Vale do Taquari, ficou 80% alagada. Ainda decorrente da forte tempestade causada pelo ciclone, uma pessoa morreu no estado vizinho, Santa Catarina.
O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), sobrevoou a área atingida e prometeu colocar “todos os transportes aéreos disponíveis” para as operações de resgate. Leite e seu partido, no entanto, são defensores ferrenhos da política neoliberal, que sob as mais variadas desculpas, defendem a máxima expropriação das riquezas dos estados e do País para os banqueiros e setores mais poderosos da burguesia.
Sob a orientação dessa mesma política, o Orçamento Federal desse ano, implementado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e depois ampliado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conta com o menor valor disponível para o enfrentamento às catástrofes naturais desde 2013, com apenas R$1,7 bilhão (contra mais de R$13 bilhões à época).